Após a entrega do relatório conclusivo das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a Polícia Federal encerrou sua participação nas apurações do caso. No entanto, as investigações continuam no Ministério Público do Rio de Janeiro, que agora foca no envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

O jornal O Globo revelou novas evidências obtidas a partir dos celulares de Barbosa que indicam atividades suspeitas. Entre as descobertas, destaca-se um aumento substancial nos rendimentos da esposa de Barbosa entre 2013 e 2018, período em que ele esteve à frente da Delegacia de Homicídios e posteriormente como chefe de polícia do estado.

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As autoridades estão usando dados financeiros fornecidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) para aprofundar as investigações. O Ministério Público do Rio examina agora possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo Barbosa.

Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, foi brutalmente assassinada em 14 de março de 2018, juntamente com seu motorista Anderson Gomes, em um atentado que chocou o Brasil e o mundo. O caso, que ainda gera grande comoção e cobrança por justiça, teve várias reviravoltas e expôs profundas conexões entre o crime organizado e setores das forças de segurança pública.

Com o encerramento das investigações pela Polícia Federal, as atenções se voltam para os desdobramentos das apurações conduzidas pelo Ministério Público. O foco nas finanças de Rivaldo Barbosa e nas novas provas obtidas pode ser crucial para esclarecer se houve conivência ou participação direta de membros da segurança pública no atentado.

O Ministério Público do Rio de Janeiro ainda não divulgou um prazo para a conclusão de suas investigações, mas reafirmou o compromisso de seguir todas as linhas possíveis para garantir que os responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco sejam levados à justiça.