Resumão 8º dia: Brasil perde no futebol de cegos e se mantém no pódio por mais um ano no goalball
No oitavo dia, os atletas paralímpicos se despediram em diversas modalidades, mas Carol Santiago segue fazendo história e judô tem a primeira medalha de Paris 2024.
Por Joyce Maia
Nesta quinta-feira agitada (5), os atletas enfrentaram competições desafiantes, alguns atletas se despediram dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas o Brasil segue colocando medalhas no quadro. Na natação, Cecília Araújo, Carol Santiago e Talisson Glock conquistaram medalha de prata em suas respectivas categorias. Essa foi a quinta medalha de Carol só em Paris. Rosicleide garantiu o bronze no Judô, assim como a seleção masculina de goalball. Em contrapartida, a equipe feminina ficou fora do pódio.
No vôlei sentado, as meninas vão disputar o bronze. No futebol de cegos, a Seleção Brasileira Masculina, infelizmente perdeu nos pênaltis para a seleção Argentina e também irá disputar o bronze. O jogador Joaquim expressa sua resiliência com o resultado: “Hoje a gente perdeu, mas amanhã a gente vai ter uma oportunidade para voltar a vencer e voltar a comemorar, porque o esporte é isso, a gente perde hoje e ganha amanhã e é isso que a gente tem que pensar, que a gente vai se reerguer dessa derrota.”, afirma o atleta.
Confira abaixo os detalhes dos resultados desta quinta-feira:
NATAÇÃO
A nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão), chegou à sua quinta medalha nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A atleta foi medalhista de prata nos 100m peito, atrás da alemã Elena Krawzow. Este foi o 10⁰ pódio da pernambucana em sua segunda edição de Jogos Paralímpicos.
Cecília Araújo conquistou a medalha de prata na prova dos 50m livre S8, com o tempo de 30s31. A atleta teve o melhor tempo de classificação, com 30s44, e já foi ouro no Para Pan Americano de Santiago, em 2023, nesta mesma modalidade.
Talisson Henrique Glock é o 2º melhor do mundo nos 100m livre categoria S6. O catarinense fez 1m05s27 nesta prova, que é Campeão nas Américas no Pan de Santiago em 2023.
Gabriel Melone ficou em 10º lugar nas classificatórias dos 100m livre S6 com o tempo de 1min11s75 e, com isso, encerrou sua participação em Paris.
Daniel Xavier Mendes é o 6º melhor do Mundo nos 100m livre, classe S6. Mendes atingiu o tempo de 1m07s16.
Samuel Oliveira, o “Samuka”, participou da competição dos 50m livre, na categoria S5, mas terminou em quinto lugar na colocação geral, com o tempo 32s57. A marca foi melhor do que o seu tempo de classificação para a prova, com 33s59, mas não foi o suficiente para a disputa.
O paulista Lucas Mozela nadou os 200m medley da classe S9 (limitações físico-motoras) em 2min25s01, o décimo tempo das eliminatórias, e está fora da decisão.
O Brasil terminou em 4º lugar na final do revezamento 4×50 medley 20 pts. O time formado por Samuka Oliveira, Roberto Rodriguez, Mayara Petzold e Lídia Cruz entregou muito e é a 4ª melhor equipe do mundo nesta prova, com o tempo total de 2m3s91.
A vinhedense Raquel Viel ficou em último lugar nas classificatórias dos 100m peito SB12 (competidores com baixa visão) com o tempo de 1min33s10 e não avançou à final, ficando na reserva. Com isso, encerra sua participação em Paris.
VÔLEI SENTADO
A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado foi superada pelos EUA, por 3 sets a 1, e vai disputar a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. As parciais foram (25/22, 22/25, 25/14 e 25/15)
JUDÔ
A potiguar Rosicleide Andrade conquistou a primeira medalha para o judô brasileiro em Paris ao vencer a argentina Rocio Ledesma Dure na disputa do bronze pela categoria até 48kg da classe J1. A brasileira venceu com um ippon. Rosicleide é estreante em Jogos e conquistou sua primeira medalha na competição.
A paraense Larissa Oliveira foi derrotada pela uzbeque Uljon Amrieva na repescagem da categoria até 57kg da classe J1. A luta estava empatada até a 32 segundos do término, quando a brasileira levou um ippon e acabou derrotada e eliminada.
Thiego Marques ficou em 5º em sua segunda Paralimpíada. O atleta do judô J2 (para atletas com baixa visão) até 60kg lutou contra o argelino Ishak Ouldkouider mas acabou levando um ippon e ficando entre os 5 melhores do mundo.
Elielton Lira terminou em 5º lugar no ranking geral em sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Paris após derrota por Ippon para o indiano Kapil Parmar na disputa pelo bronze. Ele é o primeiro atleta amazonense a disputar uma Paralimpíada.
O judoca é prata na categoria até 60kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e prata no Pan-Americano do Canadá 2022.
GOALBALL
A Seleção Brasileira feminina de goalball ficou de fora do pódio dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e adiou, mais uma vez, o sonho de conquistar sua primeira medalha na história. Na disputa pelo bronze, a equipe acabou superada pela China, que fez 6 a 0 em duelo realizado nesta quinta-feira, 5, na Arena Paris 6.
A seleção masculina de goalball conquistou o terceiro lugar do pódio. A equipe venceu a China por 5 a 3. Esta é a quarta Paralimpíada seguida que a equipe garante medalha.
ATLETISMO
No Levantamento de Peso, a potiguar Maria Rizonaide ficou em sexto lugar na categoria até 50kg, nesta quinta-feira, 5, na Arena La Chapelle. Ela encerrou sua participação com 102kg suportados na 6º posição.
A velocista acreana Jerusa Geber se classificou para a final dos 200m da classe T11 (deficiências visuais). Ela venceu sua bateria com o tempo de 25s, o terceiro melhor no geral. A potiguar Thalita Simplício, com 25s70, e a paranaense Lorena Spoladore, com 26s02, ficaram fora da decisão. Elas ficaram em 5º e 6º lugar respectivamente.
Nos 400m da classe T54 (competem em cadeiras de rodas), a paulista Jéssica Giacomelli terminou em 10ª na classificação geral, com o tempo de 56s29, e ficou fora da final.
Na final do arremesso de peso da classe F35 (paralisados cerebrais para andantes), a alagoana Marivana Oliveira acabou na oitava colocação. Ela lançou para 7,94m. O ouro foi para a ucraniana Mariiva Pomazan, com 12,75m.
A carioca Julyana Cristina terminou na sexta colocação no arremesso de peso da classe F57 (competem em cadeiras de rodas). Ela arremessou para 9,61m. O ouro ficou com a argelina Safia Djelal, que marcou 11,56m.
O paulista Alessandro Rodrigo da Silva ficou na quinta colocação no lançamento de disco da classe F11 (deficiências visuais). Seu melhor lançamento foi de 38,84m. O ouro ficou com o italiano Oney Tapia, com a marca de 41,92m. Alessandro é bicampeão paralímpico na prova, no Rio 2016 e Tóquio 2020.
Alessandro Rodrigo da Silva, que é recordista mundial e paralímpico, competiu hoje a final do Lançamento de Disco F11 (atletas com baixa acuidade visual sem percepção da luz). Ele alcançou a 5º colocação e, infelizmente, ficou de fora do pódio. Com o resultado, o brasileiro conquista o top 5 do mundo na sua categoria. O brasileiro marcou a distância de 38.01m. Sua melhor marca, na sexta tentativa, foi de 38.84m.
Rayane se classificou para a final dos 400m T13 feminino. Ela completou a prova com 56s44, chegando em primeiro lugar em sua bateria de competição da classificação, passando com folga as demais competidoras.
CICLISMO DE ESTRADA
Ulisses Leal, na prova de ciclismo de estrada na categoria H4, ficou em 7º com 1:45:42 nos 42.6km de competição.
Jady Malavazzi e Mariana Garcia disputaram a prova de corrida de rua H1-4 do ciclismo de estrada. Jady estava na briga por medalha até os últimos quilômetros até seu pneu furar, e terminou a competição em 6º lugar. Já Mariana Garcia também completou a prova e ficou na 14ª colocação.
ESGRIMA DE CADEIRA DE RODAS
A equipe masculina, formada por Jovane Guissone, Kevin Damasceno e Lenílson de Oliveira nas quartas de final, encontrou a equipe da Grã-Bretanha, que levou a melhor por 45 a 17. Mesmo começando bem, com uma vitória inicial de 5 a 4, os britânicos dominaram o restante da partida. O Brasil ainda tem chances de medalhas nas disputas individuais.
FUTEBOL DE CEGOS
Depois de um empate por 0 a 0 no tempo normal, o Brasil perdeu, nos pênaltis (4 a 3), para a Argentina. Pela primeira vez, a Seleção não chega à final paralímpica na modalidade.
