Por Joyce Maia

No 5° dia, com a competição chegando na metade, o Brasil segue com sua intensa participação, numa jornada repleta de chegadas ao pódio. Claudiney Batista conquistou seu tricampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F56. Beth Gomes conquistou a prata no arremesso de peso das classes F53/F54 e o ouro lançamento de disco, na classe F53, quebrando três vezes o recorde durante prova, que era dela mesmo. Yeltsin Jacques e Júlio César Agripino avançaram para a final dos 1500m T11, enquanto Aline Rocha se classificou para a final dos 1500m T54, mas Vanessa Cristina não passou. 

Lorena Spoladore e Jerusa Geber avançaram para a final dos 100m T11, com Jerusa estabelecendo um novo recorde mundial. Aser Ramos ganhou a prata no salto em distância T36, enquanto Fábio Bordignon e Henrique Caetano não conquistaram medalhas nos 100m T35. Antonia Keyla se classificou para a final dos 400m T20, mas Ketyla Teodoro e Clara Daniele não avançaram. Alessandro Silva terminou em quinto no arremesso de peso F11. 

No triatlo, Ronan Cordeiro ganhou a prata na classe PTS5, marcando a primeira medalha brasileira na modalidade. Na natação, Carol Santiago bateu o recorde paralímpico nos 50m livre S13 e ganhou o ouro, enquanto Gabriel Araújo conquistou seu terceiro ouro em Paris nos 200m S2. Débora e Beatriz Carneiro ganharam prata e bronze, respectivamente, nos 100m peito SB14. 

No tênis de mesa, Lucas Arabian não avançou para as quartas de final, e Paulo Salmin e Israel Stroh também foram eliminados. A seleção masculina de goalball chegou à semifinal ao vencer o Egito. No vôlei sentado, o Brasil venceu a Eslovênia. No tiro com arco, as duplas brasileiras foram eliminadas nas quartas de final. No futebol de cegos, o Brasil se classificou para as semifinais. Vitor Tavares conquistou a medalha de bronze inédita no badminton na classe SH6.

Atletismo

Fotos: Alessandra Cabral e Alexandre Schneider / CPB

O lançador Claudiney Batista conquistou seu tricampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F56 (que competem sentados). Ele venceu a prova e faturou a medalha de ouro com a marca de 46,86m, novo recorde paralímpico.

Beth Gomes conquistou a medalha de prata no arremesso de peso das classes F53/F54. Beth, que é da classe F53 (competem em cadeiras de rodas, sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações), disputou um lugar no pódio contra adversárias da F54, com comprometimento físico-motor menor e bateu o recorde mundial da sua classe ao arremessar o peso em 7,82m. O antigo recorde já era dela, de 7,75m feitos também em Paris, no Mundial de atletismo 2023. No mesmo dia, Beth voltou para a pista e no lançamento de disco, quebrou três vezes o recorde, que era dela, e levou o ouro com a marca de 17.73m na classe F53.

O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques e o paulista Júlio Cesar Aqripino se classificaram para a final dos 1500m T11 (deficiência visual). Yeltsin avançou com o melhor tempo da classificatória, com 4min03s22, sua melhor marca na temporada. Júlio teve o quarto melhor tempo geral, com 4min10s10. 

A paranaense Aline Rocha e a paulista Vanessa Cristina disputaram as eliminatórias dos 1.500m da classe T54 (cadeirantes), nas quais as cinco primeiras de cada bateria avançam às finais. Aline fez o tempo de 3min35s18, ficou em quinto lugar na sua bateria e se classificou. Já Vanessa terminou na oitava posição na outra bateria (3min30s86) e ficou fora da decisão.

Aser Ramos conquistou a medalha de prata na final do salto em distância T36 (paralisados cerebrais). Ele saltou em 5,76m e só foi superado pelo atleta neutro Evgenii Tursunov, que fez 5,83m. Na mesma prova, Rodrigo Parreira terminou na sexta posição com a marca de 5,60m.

Vinicius Rodrigues fez 12s10 na classe 100m T63 do atletismo e ficou com a medalha de bronze.

Fábio Bordignon e Henrique Caetano não conseguiram medalha na final dos 100m T35 (paralisados cerebrais). Fabio terminou na oitava posição, com 12s42. Já Henrique chegou na quarta colocação, com 11s85, cravando também o novo recorde das Américas.

Lorena Spoladore e Jerusa Geber avançaram à final dos 100m T11 (deficiência visual).

Jerusa fez 11s80, novo recorde mundial e avançou em primeiro lugar, enquanto Lorena fez a sua nova melhor marca do ano, com 12s07, e se classificou com o terceiro tempo geral. Jhulia Karol fez 12s58 e não conseguiu a classificação.

Alan Fonteles completou a final dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese) na oitava colocação, com o tempo de 11s22.

Edenílson Floriani terminou a final do lançamento de dardo F42/F64 (deficiência nos membros inferiores) na oitava colocação. Ele fez a marca de 57,99m, cravando o novo recorde paralímpico na sua classe (F42).

Antonia Keyla se classificou para a final dos 400m T20 (deficiência intelectual). Ela chegou em terceiro em sua bateria, com o tempo de 57s54. Foi a sua melhor marca na temporada.

Ketyla Teodoro e Clara Daniele não conseguiram a classificação para a final dos 400m T12 (deficiência visual). Ketyla fez o sétimo melhor tempo, com 58s94, junto de seu guia Rodrigo Arcanjo. Já Clara Daniele foi a oitava, com 59s07, junto de Efraim Andrade. 

O paulista Alessandro Silva terminou na quinta colocação na final do arremesso de peso F11 (deficiência visual). Ele fez a marca de 12,86m, sua maior distância atingida em 2024.

Triatlo 

Ronan Cordeiro conquistou a medalha de prata no triatlo na classe PTS5 (comprometimento físico-motor). Ele completou a prova, que envolve natação, atletismo e ciclismo em 59min01. É a primeira medalha do Brasil nessa modalidade na história dos Jogos Paralímpicos.

Letícia Freitas ficou em 9º lugar no triatlo feminino PTVI com um tempo de 1:11:20.

Natação

Fotos: Alessandra Cabral e Marcello Zambrana / CPB

A natação brasileira alcançou cinco finais nesta segunda-feira, 2. A pernambucana Carol Santiago bateu o recorde paralímpico nas eliminatórias dos 50m livre S13 (atletas com deficiência visual) e foi bi campeã olímpica na prova final. Ela subiu no primeiro lugar do pódio com o tempo de 26s75, e se tornou a brasileira com mais medalhas de ouro paralímpicas.

Outra brasileira envolvida na disputa, a paraense Lucilene Sousa, ficou fora da final com o tempo de 28s65. 

O mineiro Gabriel Araújo conquistou sua terceira medalha de ouro em Paris na final dos 200m S2 (limitações físico-motoras), com o tempo de 3m58s92. 

O paranaense Bruno Becker também disputou a mesma final e ficou entre os 5 melhores do mundo. Com o tempo de 4m27s65, ele garantiu sua melhor marca pessoal.

Com tempo de 1:02.83, Edênia Garcia é a 5ª melhor do mundo. Já Maiara Barreto, com tempo de 1:05.97,  é a 6ª melhor do mundo

O mineiro João Brutos  é o 4º melhor do mundo nos 100m peito S14. O atleta lutou duro pela medalha, ficando 3 centésimos atrás do terceiro lugar, com 1:04.97.

As gêmeas paraenses Débora e Beatriz Carneiro conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente, nos 100m peito da classe SB14 (deficiência intelectual).

O paulista Gabriel Cristiano não avançou às finais dos 50m livre S9. Ele fez o tempo de 27s24 e apenas os oito melhores tempos avançaram.

Tênis de mesa

Nesta manhã, no horário de Brasília, mesatenistas brasileiros disputaram jogos de simples masculino na Arena Paris Sul. Lucas Arabian venceu o nigeriano Bolawa Akingbemisilu por 3 a 2 (11/7, 7/11, 11/8, 9/11e 11/8), pela classe MS5 (para cadeirantes), e se classificou para as quartas de final. Mas a tarde, na disputa com o sérvio Mitar Palikuca, Lucas perdeu por 3×0 e está fora da competição.

Evelyn Santos venceu Mui Wui NG, de Hong Kong, por 3×0, com parciais de 11×4, 11×8 e 11×9, na classe 111, para atletas com deficiência mental e avançou para as quartas de final.

Bruna Alexandre, maior medalhista do Tênis de Mesa paralímpico garantiu mais uma sua conta. A catarinense venceu hoje sua oponente sueca Anja Handen, por 3×1, com parciais 11×4, 11×2, 6×11 e 11×4 e foi para a semifinal. Como não há disputa pelo bronze, Bruna já tem pelo menos essa medalha e pode buscar ouro ou prata se passar para a final do S10.

Thiago Gomes número 8 do mundo na classe SM11 do tênis de mesa, venceu o egípcio Abdalla Abdelrahman por 3 sets a 0 e avançou para as quartas.

Nas oitavas de final da classe MS7, Paulo Salmin perdeu para o sueco Jonas Hansson, por 3 a 1 (15/13, 5/11, 11/6 e 11/7), e Israel Stroh foi derrotado pelo egípcio Sayed Youssef, por 3 a 0 (11/6, 11/2 e 11/7).

Cláudio Massad perdeu de 3×0 do polonês Patryk Chojnowski e ficou fora da semifinal do individual masculino S10.

Carla Azevedo fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos em Paris mas perdeu para a tailandesa Chilchitparyak Bootwansirina por 3 sets a 0, e foi eliminada do torneio de simples de tênis de mesa.

Goalball

A Seleção Brasileira masculina de goalball chegou à semifinal das Paralimpíadas. A equipe nacional venceu o Egito por 10 a 0, em Paris, pelas quartas de final. Ainda restavam seis minutos de jogo, mas o país sul-americano atingiu dez gols de diferença na partida, vantagem que garante o triunfo na modalidade.

Vôlei sentado

A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado venceu a Eslovênia por 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/18 e 25/15. O duelo foi válido pela terceira e última rodada do Grupo B das Paralimpíadas de Paris.

Tiro com arco

O Brasil teve duas duplas eliminadas nas quartas de finais do tiro com arco. Jane Karla e Reinaldo Charão foram superados pelos iranianos Fatemeh Hemmati e Hadi Nori, por 153 a 151, na disputa do time misto Composto Open.

Já Juliana Cristina Silva e Eugênio Franco, que integraram o time misto W1, perderam para os tchecos Sarka Pultar e David Drahoninsky, por 144 a 121.

Futebol de cegos

Em confronto válido pela segunda rodada da fase de grupos, o Brasil enfrentou a França na Arena Torre Eiffel, venceu por 3 a 0 e se classificou para as semifinais das Paralimpíadas de Paris 2024. Ricardinho, Jardiel e Nonato balançaram as redes para a Amarelinha.

Badminton

O paranaense Vitor Tavares conquistou a inédita medalha de bronze no badminton ao derrotar Man Kai Chu, de Hong Kong, por 2 sets a 1, com parciais de 23/21, 16/21 e 21/12, na chave de simples da classe SH6 (baixa estatura).