Renda Emergencial não chega às aldeias e indígenas organizam vakinha
Saiba como contribuir para que organizações indígenas e indigenistas deem suporte ao que o Estado negligencia como papel.
Os povos indígenas seguem negligenciados pelo governo. A proposta da Renda Básica Emergencial não os contempla totalmente e não há uma política pensada para atender essa população.
Sem CFP, acesso a internet precário e muitos sem falar português direito, os indígenas se veem obrigados a sair de suas aldeias para buscar ajuda nas agências bancárias, colocando em risco suas vidas e do seu povo. Doenças como sarampo, varíola e gripe já causaram muitas mortes e uma infecção pelo novo coronavírus tem poder de dizimar uma população inteira se chegar as aldeias.
Mais de 20 indígenas já foram infectados causando a morte de mais de 6 indígenas. Missionários de organizações religiosas também insistem em acessar povos em isolamento voluntário, o que é ainda mais arriscado durante uma pandemia, já que esses povos tem pouco ou nenhum contato com outras pessoas.
Para então ajudar a comprar alimentos, materiais de higiene e remédios, organizações indígenas como a APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil estão organizando vakinhas para arrecadar recursos e cumprir uma função que deveria ser cumprida pelo estado: proteger e dar condições de vida digna aos povos indígenas. Também estão dentro das prioridades dos povos rádios para comunicação com aldeias mais remotas, já que madeireiros e garimpeiros seguem invadindo terras e provocando caos e mortes. O Instituto Socioambietal (ISA) organizou uma lista de mobilização para saber como ajudar os povos indígenas.
Nesse momento em que é preciso que todos fiquem em casa, a solidariedade com os mais vulnerabilizados nessa pandemia também é importante!