Agosto de 2024 registrou o maior número de focos de incêndio na Amazônia brasileira desde 2005, com 38.266 ocorrências confirmadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Pará lidera os registros com 13.803 focos, seguido pelo Amazonas com 10.328, e Mato Grosso com 7.046. No Amazonas, os municípios de Apuí e Lábrea enfrentam aumentos alarmantes, com Apuí quase quadruplicando seus registros em comparação com o ano anterior.

A fumaça dos incêndios tem afetado a qualidade do ar em várias partes do país. No Acre, o governo suspendeu atividades físicas nas escolas e recomendou o uso de máscaras, com a concentração de material particulado em Rio Branco atingindo níveis críticos. Porto Velho, em Rondônia, também enfrenta condições severas, com a qualidade do ar se deteriorando rapidamente.

Uma frente fria prevista para os próximos dias pode trazer alívio temporário ao reduzir o calor, mas também pode piorar a qualidade do ar em regiões como São Paulo. O cenário sublinha a necessidade urgente de medidas eficazes para controlar os incêndios e mitigar seus impactos na saúde pública e no meio ambiente.