Outro dia eu conversava com Ângela Mendes e ela contou que em um de seus momentos íntimos com a mata, escutou a voz de uma castanheira, que entre outras palavras, repetia uma só palavra: empate, empate, empate, empate.

Em muitas de suas andanças, Ângela tem professado que diferente dos tempos de Chico, os empates de hoje vêm sendo feitos através da comunicação, da arma poderosa do midiativismo de muitas mãos.

Ontem assistindo “O Território”, documentário incrível e premiado sobre o qual escreverei em outra publicação, lembrei-me das palavras de Ângela, que muito se assemelha as leituras que Bitate Uru Eu Wau traz no filme.

Em sobrevoo que fiz outro dia e já mostrei aqui, mais de 2 mil hectares estavam prontos para o golpe final da matança. Leras e mais leras (fileiras de madeiras desmatadas) prontas para a queimada. Mais de 2 mil hectares desmatados de uma só vez em apenas uma das áreas. Chocante. Triste. Desesperador.

 

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Há rumores de que um outro dia do fogo estava sendo planejado naquilo que pode vir a ser uma xepa de fins de um tempo. Se é fato, ainda não sabemos. Mas a devastação está avançada. Mais de 500 km queimam do Cerrado à Amazônia. Há um ecocídio em curso no Brasil sob os olhos de um Estado inerte e sequestrado. Que vê, mas está amordaçado.

Alguém há de pagar por esses crimes. A começar por Bolsonaro.

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