Por Patrick Simão / Além da Arena

Campeã olímpica no Rio de Janeiro em 2016, Rafaela Silva segue competindo em alto nível. A judoca carioca conquistou, nesta sexta-feira em Belo Horizonte (MG), o título do Troféu Brasil. Na competição, ela iniciou um novo ciclo olímpico, agora na categoria até 63 quilos, e venceu na final a paulista Erika Ferreira.

Consagrada nos 57 quilos, Rafaela comentou sobre o que motivou sua escolha e afirmou que a mudança é definitiva: “Às vezes a gente consegue de fato dar o peso na balança, mas a gente não consegue recuperar de fato. Porque a gente pesa 57 quilos, mas no dia seguinte tem uma nova pesagem de 5%, então de um dia para o outro eu só posso ganhar 2,9 quilos. Esse peso vai me fazer competir o judô que eu quero?'”, questionou.

Gravação de Patrick Simão, para o Ninja Esporte Clube

Consagrada nos 57 quilos, Rafaela comentou sobre o que motivou sua escolha e afirmou que a mudança é definitiva: “Às vezes a gente consegue de fato dar o peso na balança, mas a gente não consegue recuperar de fato. Porque a gente pesa 57 quilos, mas no dia seguinte tem uma nova pesagem de 5%, então de um dia para o outro eu só posso ganhar 2,9 quilos. Esse peso vai me fazer competir o judô que eu quero?'”, questionou.

“Essas eram coisas que estavam pesando, é um ciclo olímpico, esse de três anos foi muito intenso, foi uma competição atrás da outra, eu já luto nessa categoria dos 57 quilos há 16 anos. Então é difícil você pegar um atleta que está na atividade e achar alguém que ficou tanto tempo assim em uma categoria, disputando em alto rendimento. Então, o mais importante para mim é isso, poder desempenhar e entregar o meu melhor para o judô brasileiro, porque eu preciso de qualidade. Eu vi que com o meu peso natural eu consegui treinar melhor, então eu acredito que essa mudança vai me fazer muito bem. Espero conquistar novas medalhas e seguimos aí nessa nova categoria”, completou.

A brasileira também comparou as conquistas da Rafaela de hoje com a Rafaela mais jovem: “Para mim, ganhar antes ou agora é sempre muito importante, trabalhamos muito para isso. Mas hoje, quando a gente entra no tatami, temos uma certa responsabilidade, com as próximas gerações que acompanham e vibram com a gente.”

“Nós não temos muita oportunidade de competir no Brasil, por conta do calendário internacional, então lutar no Brasil é uma missão muito dura, porque a gente treina para estar na Seleção e os atletas do Brasil treinam para nos tirar da Seleção. Então, é sempre uma competição de alto nível. É uma responsabilidade muito grande, mas é um peso gigantesco para poder entregar o meu melhor judô para o pessoal que está acompanhando das próximas gerações, porque daqui a pouco são eles no tatami”, explicou.

Dona de duas medalhas olímpicas e competindo em uma nova categoria, a carioca de 32 anos visa um novo ciclo, visando os Jogos de Los Angeles, em 2026: “Sempre me perguntam: ‘Rafa, quando você vai aposentar?’ Enquanto tiver esse friozinho na barriga e eu tiver entregando resultado, que é o mais importante, eu vou seguir. Início de ciclo foi bom começar com o pé direito.”