A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra três deputados federais do Partido Liberal (PL), o mesmo de Jair Bolsonaro, por corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA) são acusados de desviar R$ 1,6 milhão de emendas parlamentares destinadas à Prefeitura de São José de Ribamar, no Maranhão.

A investigação aponta que os recursos públicos foram repassados ao município com o objetivo de garantir o desvio de parte das verbas.

De acordo com a denúncia, os deputados, que integram o chamado baixo clero da Câmara dos Deputados, utilizavam um esquema de devolução de um percentual das emendas destinadas à cidade. As emendas são um mecanismo legal usado por parlamentares para alocar recursos públicos em obras e projetos em suas bases eleitorais, mas, nesse caso, teriam sido utilizadas para enriquecimento ilícito.

A Polícia Federal (PF) gravou um dos acusados, Josimar Maranhãozinho, manuseando caixas com dinheiro vivo, o que reforça as evidências contra ele. Embora esse inquérito ainda não tenha resultado em denúncia formal, ele faz parte do conjunto de investigações que cercam o deputado, já envolvido em outros escândalos relacionados ao mau uso de emendas parlamentares.

O relator do caso no STF, ministro Cristiano Zanin, já intimou os três parlamentares para apresentarem suas defesas prévias. Após essa fase, a Primeira Turma do STF decidirá se os acusados serão transformados em réus. Se isso acontecer, eles responderão judicialmente pelos crimes apontados pela PGR.