Por Tatiana Abreu

Durante o mundial, serão quatro brasileiras no comando da arbitragem da Copa do Mundo feminina. Edina Batista, a árbitra central; Neuza Back e Leila Moreira, árbitras assistentes; e Daiane Muniz na arbitragem de vídeo – esta é apenas a segunda edição do Mundial feminino com a utilização da tecnologia do VAR. O quarteto, inclusive, foi escolhido para apitar a partida de estreia da seleção da Austrália, jogo em que a anfitriã venceu a Irlanda por 1×0.

Veteranas, Edina e Neuza estão no segundo Mundial Feminino da carreira. Elas apitaram na Copa anterior, disputada em 2019, na França. Já Neuza fez história no Mundial Masculino do ano passado por ter sido a primeira árbitra feminina brasileira em uma Copa do Mundo. Ela também participou da primeira equipe totalmente feminina a atuar na Copa do Mundo Masculina no Catar, em 2022. Edina Batista é uma árbitra já conhecida dos brasileiros. Ela faz parte do quadro de arbitragem da FIFA desde 2016 e apita jogos da Série A do Campeonato Brasileiro há quatro anos.

Neuza Back, Edina Batista e Daiane Muniz embarcaram juntas para a Austrália — Foto: Paulistão Feminino/Redes sociais

No comando da arbitragem de vídeo, o popularmente conhecido VAR, a árbitra de vídeo Daiane Muniz chega no seu segundo Mundial – tendo feito a sua estreia na Copa sub-20, na Costa Rica, em 2022. Das quatro, apenas Leila Moreira é estreante. Árbitra assistente desde 2014, Leila ingressou na CBF em 2015 e se tornou árbitra FIFA em 2019. Leila é a única representante da federação goiana de futebol dentre as outras três árbitras da federação paulista.

Para Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, a escalação das brasileiras mostra a evolução da arbitragem nacional. “A escalação do quarteto feminino comprova o desenvolvimento da arbitragem brasileira. A FIFA demonstra a credibilidade no nosso trabalho ao fazer essa designação. Também nos norteia sobre nosso conceito na arbitragem mundial. Torcemos para que elas tenham um ótimo desempenho nesta partida e em toda a competição”, disse Seneme.

Essa é a primeira vez na história de Copas do Mundo em que as mulheres ocupam a posição de árbitras de vídeo. Ao todo, serão 33 árbitras e 55 auxiliares mulheres no Mundial. Os homens ocupam somente a posição do VAR, sendo 13 dos 19 postos de arbitragem de vídeo.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

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