Quarto cabeça de chave, Hugo Calderano é esperança da primeira medalha do Brasil no tênis de mesa
Em grande fase, 4º cabeça de chave das Olimpíadas Hugo Calderano é esperança da primeira medalha brasileira no tênis de mesa, em Paris 2024.
Por Igor Serrano
Atual tricampeão pan-americano, o carioca de 27 anos, Hugo Calderano, é um dos grandes nomes da delegação brasileira em Paris e não por acaso. Em grande fase na carreira, o sexto colocado do ranking masculino da Federação Internacional de Tênis de Mesa conquistou, em junho, o WTT Star Contender Liubliana com uma exibição espetacular diante do francês Félix Lebrun, quinto do ranking, na vitória por 4 games a 0.
Em Tóquio 2020, Hugo fez história ao se tornar o primeiro latino-americano a alcançar as quartas-de-final do torneio masculino individual olímpico. No último Mundial (com os 32 melhores atletas do ranking), realizado na Coreia do Sul, mais um feito gigantesco em um esporte historicamente dominado pelos chineses: foi o único de fora do país asiático a atingir as semifinais da competição e foi além, terminou com a segunda colocação, após a derrota para o chinês Liang Jingkun na final.
Para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, o brasileiro foi escolhido como quarto cabeça de chave diante da posição que ocupa no ranking mundial (6º) e pelo fato dos quatro primeiros serem chineses e somente dois poderem disputar o torneio olímpico individual masculino pelo país. Felix Lebrun (5º) foi escolhido como terceiro cabeça de chave. Diante da configuração da tabela, caso Hugo vença seus jogos, somente enfrentará os rivais chineses em uma eventual semifinal, o que aumentaria consideravelmente a chance de uma inédita medalha para o Brasil na modalidade
Em entrevista ao Ninja Esporte Clube, o presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Alaor Azevedo, destacou o que espera da participação de Calderano em Paris, a expectativa pela primeira medalha da modalidade para o Brasil e lembrou do investimento realizado:
“A expectativa é bem grande, pois é um atleta que permanece há muitos anos no Top 10 do ranking mundial, com resultados expressivos contra a maioria dos principais atletas mundiais.
Trata-se de um trabalho que começou no ano de 2009, quando implantamos ações como a Detecção Nacional de Talentos e Diamantes do Futuro – pelo qual passaram todos os atletas da atual Seleção Brasileira, inclusive o próprio Hugo.
O investimento somente em Hugo Calderano foi da ordem de R$ 7 milhões em todos estes anos. E o mais importante é que temos novos talentos surgindo para os próximos ciclos – como o caso do Leonardo Iizuka, reserva em Paris com apenas 18 anos -, demonstrando que não se trata de um trabalho isolado.”
As disputas do tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris começam em 27 de julho e vão até o dia 10 de agosto, na Arena Paris Sul #4, com cinco eventos: dois individuais (masculino e feminino), dois por equipes (masculino e feminino) e um por duplas mistas.
Desde os Jogos de Atlanta 1996, todos os pódios masculinos da modalidade contaram com dois atletas chineses.
