Projeto sociocultural que já atendeu mais de 770 mil crianças corre o risco de fechar com cortes de João Doria
Projeto Guri, que oferece cursos diversos para crianças e adolescentes de 6 a 18 anos pode ser encerrado por corte de gastos no governo de João Doria
Com mais de 50 mil jovens atendidos anualmente na Grande São Paulo, litoral e interior, o Projeto Guri oferece cursos de iniciação musical, luthieria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, e já atendeu mais de 770 mil jovens em 23 anos de existência, mas o governador João Doria vai acabar com o projeto.
Dos mais de 330 pólos do Projeto Guri espalhados pelo estado de São Paulo, 150 correm risco de fechar com o “enxugamento” de gastos da gestão Doria. As crianças e jovens do projeto Guri já tocaram com Milton Nascimento e Toquinho, Roger Waters, foram convidados para a 1ª Conferência Orquestral da África do Sul e se apresentaram na Assembleia Geral das Nações Unidas, além de gravar com grandes nomes da música brasileira, participarem de festivais e receberem diversas premiações, porém a cultura parece não ser importante para a infância e juventude nesse novo governo do estado de São Paulo.
A Associação Amigos do Guri, responsável pela gestão do projeto, informou que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, a principal mantenedora do Guri, fez cortes no orçamento e ainda não realizou o repasse para o projeto, de grande importância para jovens de periferia . A gerente regional do Projeto em Itapevi enviou nota ao prefeito da cidade com o ofício indicando o contingenciamento feito pela Secretaria lamentando a impossibilidade da continuidade da ação do Projeto Guri no município.
O projeto é considerado um dos maiores projetos socioculturais brasileiros, e sua extinção faz com que milhares de crianças deixem de ter acesso a cultura. Um petição contra o fim do Projeto Guri já conta com mais de 55 mil assinaturas, e diversos vídeos e depoimentos em defesa do programa já circulam nas redes sociais.