A deputada Dani Balbi (PCdoB) protocolou, nesta quarta-feira (15), o primeiro Projeto de Lei da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que institui cotas para pessoas trans nas universidades públicas estaduais do Estado. A iniciativa feita pela primeira deputada trans da história da Alerj foi comemorada por ativistas LGBTQIA+, além de deputadas como Leci Brandão (PCdoB), Erika Hilton (Psol).

O assunto já é um dos mais comentados na rede social Twitter, e acaba de se tornar um dos 10 assuntos mais comentados, no início dessa tarde. Caso seja aprovada pelas comissões temáticas da casa, a proposta deverá seguir para votação no plenário da Alerj ainda no primeiro semestre deste ano.

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Atualmente, o Rio de Janeiro possui ao todo possui três universidades que poderão ser alcançadas pela medida:  Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).

Primeira professora trans da UFRJ

Nascida e criada no Engenho da Rainha, bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, Dani Balbi tem um grande feito no seu currículo: é a primeira professora trans da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Balbi foi uma das candidatas da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.

Como professora, Dani Balbi atua nos movimentos sociais e na linha de frente pelo processo de resistência da educação pública e desmonte do estado do Rio de Janeiro. “A luta dos movimentos sociais é a luta que deve ser ocupada no Parlamento, no campo institucional”, declara.

“A minha fala representa os anseios de um coletivo e precisa ser ecoada”, diz a candidata a deputada estadual pelo Partido Comunista Brasileiro (PC do B), que quer ser eleita para defender a educação, a comunidade LGBT, valorizar a periferia, a cultura e diversificar a bancada da ALERJ.

Entre as suas propostas está a aprovação da reserva de vagas para pessoas trans e travestis ingressarem nas universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro. A revisão dos protocolos de segurança pública antirracista, antigenocida. E, universalização do direito às creches para as crianças e para as mães.

“Que possamos ter uma educação que compreenda os direitos das mães e os direitos das crianças de terem uma formação educacional de qualidade desde o início”.