Projeto de Lei cria cotas para pessoas trans em universidades do Rio de Janeiro
#CotasParaTrans já um dos assuntos mais comentados do Twitter
A deputada Dani Balbi (PCdoB) protocolou, nesta quarta-feira (15), o primeiro Projeto de Lei da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que institui cotas para pessoas trans nas universidades públicas estaduais do Estado. A iniciativa feita pela primeira deputada trans da história da Alerj foi comemorada por ativistas LGBTQIA+, além de deputadas como Leci Brandão (PCdoB), Erika Hilton (Psol).
O assunto já é um dos mais comentados na rede social Twitter, e acaba de se tornar um dos 10 assuntos mais comentados, no início dessa tarde. Caso seja aprovada pelas comissões temáticas da casa, a proposta deverá seguir para votação no plenário da Alerj ainda no primeiro semestre deste ano.
Pessoas trans são 2% da população brasileira.
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) February 15, 2023
Mas apenas 0,2% de quem se forma numa Universidade no Brasil.
Isso é uma desigualdade que nos afeta, e nos mata. 90% de nós, na falta de emprego digno, vive na prostituição
Por isso hoje estamos subindo a #CotasParaTrans
A @DanieliBalbi, minha amiga e deputada estadual pelo @pcdob_oficial, protocola hoje o projeto que institui #COTASPARATRANS nas universidades estaduais do Rio de Janeiro. Vamos com Dani pressionar pela aprovação do projeto!
— Orlando Silva (@orlandosilva) February 15, 2023
O Brasil que quero não é o campeão mundial do assassinato de trans, e sim o que vai colocar mais trans no ensinos superior com ações afirmativas como a proposta pela @DanieliBalbi! #CotasParaTrans
— Leci Brandão (@lecibrandao) February 15, 2023
O Brasil é o país que mais mata transexuais e travestis precisa buscar soluções para emancipação da população trans e a educação é peça fundamental nesse processo de transformação social. #COTASPARATRANS
— Luciana Boiteux (@luboiteux) February 15, 2023
https://twitter.com/JaquelineJsus/status/1625881083433607169
As pessoas trans, travestis e não binárias são excluídas das escolas e de demais instituições de ensino, devido às inúmeras violências, #CotasParaTrans são essenciais para enfrentar essa realidade e democratizar o acesso à educação!
— Chico Alencar ☀️ (@depchicoalencar) February 15, 2023
Das 26 universidades com políticas afirmativas para pessoas trans, apenas quatro possuem cotas para a graduação. Precisamos abrir as portas da graduação nas universidades fluminenses para pessoas trans! #CotasParaTrans
— União da Juventude Socialista (@UJSBRASIL) February 15, 2023
Urgente e em todo o BRASIL!!!
— ANTRA Brasil (@AntraBrasil) February 15, 2023
#COTASPARATRANS pic.twitter.com/ZMb7S2Vh0O
Atualmente, o Rio de Janeiro possui ao todo possui três universidades que poderão ser alcançadas pela medida: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).
Primeira professora trans da UFRJ
Nascida e criada no Engenho da Rainha, bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, Dani Balbi tem um grande feito no seu currículo: é a primeira professora trans da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Balbi foi uma das candidatas da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
Como professora, Dani Balbi atua nos movimentos sociais e na linha de frente pelo processo de resistência da educação pública e desmonte do estado do Rio de Janeiro. “A luta dos movimentos sociais é a luta que deve ser ocupada no Parlamento, no campo institucional”, declara.
“A minha fala representa os anseios de um coletivo e precisa ser ecoada”, diz a candidata a deputada estadual pelo Partido Comunista Brasileiro (PC do B), que quer ser eleita para defender a educação, a comunidade LGBT, valorizar a periferia, a cultura e diversificar a bancada da ALERJ.
Entre as suas propostas está a aprovação da reserva de vagas para pessoas trans e travestis ingressarem nas universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro. A revisão dos protocolos de segurança pública antirracista, antigenocida. E, universalização do direito às creches para as crianças e para as mães.
“Que possamos ter uma educação que compreenda os direitos das mães e os direitos das crianças de terem uma formação educacional de qualidade desde o início”.