Professor da UEPG é demitido após enviar mensagens com conteúdo sexual para aluna
O professor também enfrentou ações judiciais criminais e em junho de 2023 concordou com um acordo que envolve um pagamento de indenização à vítima
O professor também enfrentou ações judiciais criminais e em junho de 2023 concordou com um acordo que envolve um pagamento de indenização à vítima
O professor Luciano Ribeiro Bueno, pertencente ao Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foi demitido após ser considerado culpado por assédio sexual a uma estudante, conforme apurado por um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Segundo o relatório conclusivo do processo, Luciano cometeu o ato de assédio sexual em julho de 2022, utilizando-se de mensagens escritas, áudios e vídeos como forma de assédio.
A vítima, uma acadêmica da instituição, formalizou sua denúncia junto à Ouvidoria da UEPG. Em um dos áudios encaminhados pelo professor, ele questionava diretamente o que a estudante desejaria em troca de um envolvimento sexual com ele.
O processo revelou que Luciano já estava afastado desde agosto de 2022 e ocupava o cargo de chefe adjunto do Departamento de Economia, com um salário de R$ 10.959,38.
A comunicação inicial entre o professor e a estudante ocorreu através do WhatsApp, iniciando na madrugada de 21 de julho de 2022, mas as mensagens foram apagadas. Luciano retomou a comunicação pela manhã, se reapresentando e questionando a ausência da aluna nas aulas.
“Você sempre olha nos meus olhos. Olha o status. Vai gostar. Vai querer a chance? […] Deixa prof de r**a dura. Vamos sair? O que quer? Vamos marcar?”.
A conversa evoluiu para o oferecimento de ajuda em relação a um trabalho e posteriormente para propostas de caráter sexual. As mensagens de teor sexual foram enviadas entre 23h23 e 01h29, documentadas no Processo Administrativo Disciplinar, e foram verificadas e registradas em cartório.
No depoimento, durante o processo, Luciano admitiu os fatos, mas alegou que suas ações decorreram de uma interpretação equivocada dos sinais corporais e olhares da aluna. A direção da universidade não aceitou esses argumentos.
O professor também enfrentou ações judiciais criminais e em junho de 2023 concordou com um acordo que envolve um pagamento de indenização à vítima, cujo valor permanece em sigilo devido ao processo estar em andamento.
Além desse caso, a UEPG revelou estar investigando atualmente outras 11 denúncias de assédio sexual, que abrangem uma variedade de procedimentos administrativos e inquéritos disciplinares.