Procuradora que reclamou de salário de R$ 37 mil recebeu benefícios que chegam a R$ 92 mil
Carla Fleury afirmou que seu salário não é suficiente para atender às necessidades de sua família
A procuradora Carla Fleury de Souza, do Ministério Público de Goiás (MPGO), lamentou o valor do salário dos promotores. Durante uma sessão do Conselho de Procuradores da Justiça, ela mencionou que a recepção inicial para os promotores substitutos no último concurso era de R$ 28,8 mil, enquanto os concursados recebiam a partir de R$ 31 mil.
A procuradora já chegou a receber R$ 72 mil, mas em dezembro de 2022 recebeu R$ 92 mil.
Carla Fleury afirmou que seu salário não é suficiente para atender às necessidades de sua família, mesmo recebendo R$ 54 mil em abril deste ano. Ela mencionou a sorte de seu marido trabalhar de forma independente, permitindo que ele sustentasse a família enquanto ela destina seu salário para suas próprias “vaidades”.
“Pensemos nos promotores. Eu sou uma mulher. Graça a Deus meu marido é independente, porque eu não mantenho minha casa. Meu dinheiro é só pra eu fazer minhas vaidades. Só para os meus brincos, minhas pulseiras e meus sapatos”, disse.
Carla Fleury é filha do ex-procurador-geral de Justiça Carlos de Souza. De acordo com ela, quando o pai começou a carreira de promotor, a família passou por dificuldade. De acordo com o próprio órgão, Carlos de Souza ingressou no Ministério Público em junho de 1966 e aposentou-se em abril de 1984.