As manifestações bolsonaristas, que costumavam mobilizar grandes contingentes tanto virtualmente quanto nas ruas, registraram uma significativa redução em sua força durante o feriado de 15 de novembro. Um estudo da consultoria Quaest, que monitora a presença nas redes sociais e aplicativos de mensagens, revelou que as menções ao tema foram, em média, de 50 mil, marcando uma queda notável em comparação com eventos anteriores, como os protestos de 7 de setembro de 2022, que registraram uma média de 316 mil menções.

Para especialistas, essa desaceleração na mobilização online pode indicar um sinal amarelo para o ex-presidente Jair Bolsonaro. A inelegibilidade de Bolsonaro, a falta de interesse em um ano não eleitoral e um governo Lula sem grandes escândalos são mencionados como elementos que enfraquecem a base do ex-presidente.

Políticos bolsonaristas não se engajaram como de costume na convocação dos atos. No ano passado, no dia 15 de novembro, apoiadores radicais bloquearam a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, marcando uma diferença notável em relação à atual desmobilização.

Os atos de rua convocados pelos bolsonaristas em 13 capitais registraram um baixo comparecimento, refletindo as punições aplicadas a participantes dos ataques golpistas de 8 de janeiro. O STF já condenou 25 pessoas envolvidas na depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília.

Em Brasília, aproximadamente 200 pessoas participaram do ato, que incluiu uma caminhada no Eixo Rodoviário com parada em frente ao Banco Central. A desmobilização nas ruas foi evidente, com cerca de cem pessoas se concentrando em São Paulo na frente do prédio da Fiesp, enquanto no Rio de Janeiro, o grupo reunido na Avenida Atlântica gerou tumulto com a Guarda Municipal.