Processos na Justiça Eleitoral podem deixar Bolsonaro e Braga Netto inelegíveis
Justiça Eleitoral começa analisar processo que pode deixar o ex-presidente de extrema-direita fora das urnas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a analisar um processo contra Bolsonaro, que também acusa o general Braga Netto, candidato a vice-presidente pela chapa do ex-presidente de extrema-direita, por abuso de poder durante o período eleitoral.
A ação foi aceita pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, no . Integram a Coligação da Esperança o PT, PCdoB, PV, PSol, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros. A coligação acusa o ex-mandatário de usar a estrutura da Presidência e o cargo para se promover durante a campanha de 2022. O texto aponta encontros de Bolsonaro com governadores reeleitos e parlamentares nos Palácios do Planalto e Alvorada, além de um almoço com cantores sertanejos, que foram promovidos no período que fere legislação eleitoral.
Na decisão, Benedito apontou a existência de “elementos suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade no contexto das eleições 2022”.
“Espaços tradicionalmente usados para a realização de coletivas pelo Presidente da República, no desempenho de sua função de Chefe de Estado, serviram de palco para a realização de atos ostensivos de campanha, nos quais se buscou projetar uma imagem de força política da candidatura de Jair Bolsonaro, que se evidenciaria nas alianças com governadores que alcançaram mais de 50% dos votos em seus estados já no primeiro turno e na expressividade de sua base de apoio no Congresso”, declarou Benedito.
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consultados pelo blog da Andreia Sadi, no G1, avaliam que existe ambiente para julgar ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro semestre deste ano, entre março e abril.
Ao todo, tramitam 16 ações contra Bolsonaro, mas fontes do TSE ouvidas pelo blog afirmam que a mais avançada é a que trata da reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, quando ele ameaçou o sistema eleitoral com ataques às urnas.