Primeiro coronavírus foi descoberto por uma mulher na década de 60
Cientista que era especialista em análises microscópicas foi desacreditada, quando disseram que ela havia feito apenas imagens ruins de um vírus influenza.
June Hart (mais tarde June Almeida, por causa da troca do sobrenome ao se casar) nasceu na Escócia em 1930 e saiu da escola aos 16 anos, mas trabalhou em um laboratório de histopatologia na Royal Infirmary, em Glasgow mas foi no Canadá que desenvolveu grandes habilidades na análise no microscópio.
Anos depois, em Londres, ela começou a colaborar com David Tyrrell, que realizava pesquisas sobre gripe comum. Uma amostra dentre as que pesquisava, que ficou conhecida como B814, lhe revelou algo diferente. Ele não se comportava como outros vírus no cultivo apesar de provocar sintomas parecidos com os da gripe comum.
June analisou a amostra e descreveu como o vírus influenza mas não exatamente o mesmo – foi quando ela identificou o primeiro coronavírus humano. Mas seu trabalho foi menosprezado porque outros cientistas a julgaram dizendo que ela tinha apenas feito imagens ruins do vírus influenza.
Por causa da coroa em torno da imagem viral, a nova descoberta foi chamada de coronavírus e foi publicada no British Medical Journal em 1965 e as primeiras fotografias do que ela viu foram publicadas no Journal of General Virology dois anos depois.
June deixou os laboratórios por anos mas na década de 80 voltou a virologia para ajudar a registrar imagens do vírus HIV.
13 anos depois de sua morte aos 77 anos, June está sendo reconhecida por seu incrível feito!