Desde 1987, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão têm sido associados a eventos violentos, e agora enfrentam outra acusação de homicídio. Presos atualmente como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, os dois já estiveram no centro de uma tragédia anterior que resultou na morte de Luiz Cláudio Xavier dos Reis e na tentativa de homicídio contra Jairo Neves dos Santos.

O caso ocorreu em 8 de março de 1987, quando os irmãos Brazão estavam juntos em um Fusca, retornando de uma comemoração de aniversário de Domingos. Este último, então com 22 anos, disparou duas vezes um revólver calibre 38, matando Luiz Cláudio e ferindo gravemente Jairo.

Domingos Brazão foi preso nove meses após o crime, mas acabou sendo libertado provisoriamente em janeiro de 1988. Apesar de o processo estar pronto para ir a júri popular em 1992, uma série de manobras legais impediram seu julgamento até 2003, quando, já como deputado estadual, foi absolvido por legítima defesa pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

No entanto, o julgamento levantou controvérsias, especialmente em relação a uma denúncia anônima recebida pelo Ministério Público durante o processo, alegando que os irmãos Brazão eram proprietários de uma grande favela e agiam como milicianos na região. Apesar disso, a carta foi desqualificada pelo desembargador Paulo Ventura, que criticou a inclusão no processo.

O episódio anterior ganha destaque novamente à luz das recentes acusações contra os irmãos Brazão no caso Marielle Franco. A polícia investiga os vínculos entre os suspeitos e questões fundiárias.