A Prefeitura do Rio de Janeiro, comandada por Marcelo Crivella (Republicanos), começou a distribuir máscaras descartáveis de papelão nas ruas para evitar a contaminação pelo coronavírus. “Essa máscara não é recomendada para uso hospitalar ou profissional da saúde”, diz um aviso abaixo do logo azul da Secretaria Municipal de Ordem Pública.

De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, um agente comunitário publicou uma foto usando a máscara e chamou a iniciativa de absurda. Uma mulher fez um comentário em uma publicação referente ao produto no qual disse que, ou os pobres morrem por falta de respirador, ou sufocados com a máscara de papelão.

Gutemberg Fonseca, secretário da pasta, gravou um vídeo defendendo a eficácia do produto e dizendo que ele tem autorização da Anvisa, afirmando que ela pode ser usada por até quatro horas, enquanto a máscara mais tradicional, de TNT, dura duas horas. Questionada, a Anvisa não respondeu se o papel é ou não eficaz contra a transmissão do vírus, mas afirmou que não valida máscaras para uso doméstico, apenas para os serviços de saúde.

A agência disse ainda que, desde uma resolução publicada em 23 de março, empresas e instituições estão temporariamente dispensadas de autorização para a fabricação de máscaras, desde que sigam critérios técnicos.

Sobre as máscaras, essa norma diz: “As máscaras cirúrgicas devem ser confeccionadas em material Tecido Não Tecido (TNT) para uso odonto-médico-hospitalar, possuir, no mínimo, uma camada interna e uma camada externa e, obrigatoriamente, um elemento filtrante, de forma a atender aos requisitos estabelecidos”.

Nas redes sociais, a iniciativa infeliz gerou indignação. Confira os relatos.

https://www.facebook.com/999509870190394/posts/1674042629403778/?d=n

https://twitter.com/SchwabRicardo/status/1257818285179047938

Fonte: Folha de São Paulo