Prefeitura de SP pretende cortar mais de 200 linhas de ônibus
Em novo edital de funcionamento do transporte público no Município de São Paulo, a prefeitura comandada por Bruno Covas (PSDB), deve cortar 211 linhas de ônibus, encurtar 179 e diminuir o horário de rodagem de outras 89 apenas para horários de pico
Em novo edital de funcionamento do transporte público no Município de São Paulo, a prefeitura comandada por Bruno Covas (PSDB), deve cortar 211 linhas de ônibus, encurtar 179 e diminuir o horário de rodagem de outras 89 apenas para horários de pico, informa no facebook o Movimento Passe Livre, nesta segunda feira (21).
A licitação, que já dura 6 anos de debates e passou por duas gestões, Fernando Haddad (PT) e João Dória (PSDB), será esmiuçada pelo movimento amanhã, 22, em entrevista coletiva às 10h, no Sindicato dos Jornalistas. No mesmo dia, está marcada manifestação às 17h, na Praça da Sé, contra o aumento das tarifas, de R$ 4,00 para R$ 4,30.
Os principais afetados pelos cortes nas linhas serão os moradores das periferias de São Paulo, que ou perderão linhas que os ligam diretamente ao centro da cidade, ou terão que dividir o trajeto em 2 ou 3 transportes diferentes para chegar ao seu destino, principalmente aqueles que estão mais distantes de terminais de ônibus.
A “nova” proposta vem em consonância com o que já havia sido feito tanto por Fernando Haddad (PT), quanto por seu sucessor João Dória (PSDB), que ficou apenas 1 ano e 2 meses no cargo. No entanto, as duas foram barradas pelo Tribunal de Contas Municipal, órgão responsável por fiscalizar a movimentação financeira do poder executivo na cidade.
A primeira licitação foi enviada em 2015 e teve 50 apontamentos de infrações, entre elas o tempo de concessão do serviço, de 20 anos. Entre idas e vindas, o processo só foi divulgado novamente em abril de 2018, no entanto dois meses depois o TCM o suspendeu e realizou uma nova revisão do documento, que veio a ser liberado em outubro e relançado em dezembro.