Preço da gasolina, diesel e gás de cozinha cai após fim da paridade com o dólar
‘O pesadelo chegou ao fim. Um dia para ser comemorado’, disse o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar
‘O pesadelo chegou ao fim. Um dia para ser comemorado’, disse o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) uma alteração significativa em sua política de preços para petróleo e derivados, como gasolina e diesel. A partir de agora, a empresa não mais seguirá a paridade de preços com o dólar e o mercado internacional criada na gestão de Michel Temer, em 2016, e mantida por Bolsonaro, quando dólar chegou perto de R$ 7.
“O governo Lula abrasileirando o preço dos combustíveis, conforme promessa de campanha. Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, pois os custos nacionais de produção, em reais, entrarão na composição dos preços”, destacou Deyvid Bacelar, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
O coordenador explica que, com a nova política, o brasileiro deixa de pagar pelos combustíveis como se fossem importados, pois a Petrobras, agora, não considera, apenas, a cotação do petróleo no mercado internacional e do dólar, e nem os custos de importação. A decisão é tomada sob a presidência de Jean Paul Prates, que já foi senador pelo Partido dos Trabalhadores. A redução do valor dos combustíveis foi uma promessa de campanha de Lula durante a corrida eleitoral de 2022.
No entanto, é preciso ressaltar que apesar da redução, em alguns locais essa redução pode ser muito menor, já que se tratam de refinarias privatizadas, como no estado do Amazonas.
Veja como fica a redução dos preços após o fim da paridade com o dólar
⛽️ Gasolina com redução de R$ 0,40 por litro. (-12,6%);
⛽️ Diesel com redução de R$ 0,44 por litro. (-12,8%);
Gás (GLP) com redução de R$ 8,97 por botijão de 13 quilos. (-21,3%).
*Primeira vez abaixo de R$ 100 desde 10/2021.
A Petrobras adotava uma regra em que os preços desses produtos no mercado interno eram ajustados de acordo com as oscilações do mercado global, sem qualquer intervenção governamental para garantir preços mais baixos.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em quase sete anos da política de Temer-Bolsonaro, o gás de cozinha aumentou 223,8%, na refinaria, custando R$ 108, em média, no Brasil, para o consumidor. Antes desta política, o botijão chegou no máximo a R$ 55, na gestão Dilma.
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Com essa mudança, a Petrobras ganha maior flexibilidade para estabelecer preços competitivos, levando em conta suas melhores condições de produção e logística, e entrando em concorrência direta com outros atores do mercado de combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores, divulgou a empresa estatal.
‘O pesadelo chegou ao fim. Um dia para ser comemorado’
A FUP e seus sindicatos lutam desde 2016 para derrubar a política de paridade com o dólar, que promoveu no mercado interno repasses automáticos de aumentos de preços internacionais do petróleo, variação cambial e de custos de importação. Uma política que garantiu mega lucros à Petrobras e dividendos recordes a acionistas, em detrimento de investimentos.
“O governo Lula abrasileirando o preço dos combustíveis, conforme promessa de campanha. Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, pois os custos nacionais de produção, em reais, entrarão na composição dos preços”, disse Bacelar
A Petrobras afirma que continuará mantendo as referências internacionais, mas sem repassar as oscilações no preço final para o consumidor de imediato. Cada oscilação poderá ser avaliada com base no mercado interno.