Há 2 anos atuando para atender jovens e moradores do Morro do Banco, comunidade do Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, o Pré-Vestibular Comunitário Floresta da Barra oferecia aulas gratuitas para preparação para as provas. Com o intuito de facilitar a entrada em universidades públicas e democratizar o acesso à educação superior, o cursinho funcionava no segundo andar de uma ONG que estava parada há alguns anos.

Com a retomada das ações da ONG, a Ação Morro do Banco, junto à prefeitura, solicitou o espaço onde aconteciam as aulas e, mesmo com uma negociação em curso, pediram a ordem de despejo do grupo. A prefeitura enviou notificação em 11 de janeiro, dando cinco dias para que o espaço fosse desocupado, sob a alegação de que vinha sendo usado “sem autorização”.

Em campanha para conseguir o direito de usar o espaço, a professora de história Luana Ferreira publicou em suas redes sociais:

“Coordeno com toda dedicação e carinho 12 incríveis professores. Começamos o ano com geralmente 30 alunos. Organizamos simulados. Oferecemos formação cidadã. Trazemos palestrantes. Ano passado tivemos até palestras motivacionais. Buscamos sempre o melhor em termos pedagógicos. Vários e vários alunos moradores do Morro e adjacências conseguiram êxito com nossa ajuda.

Trabalhamos de forma totalmente idônea. Não ganhamos nada por tal projeto, é tudo feito de forma VOLUNTÁRIA. Há dois anos lutamos pela educação popular. Lutamos nós e nossa equipe de professores para que pessoas das classes populares alcancem o sonho de cursar uma universidade.”

Até agora o processo seletivo de alunos para este ano está interrompido, até que se tenha certeza da utilização do espaço.