Pouca eficácia de políticas públicas preventivas deixa 25 mortos no Sudeste após fortes chuvas
Chuvas deixaram um rastro de destruição e provocaram a perda de vidas humanas, mesmo após intensos avisos e alertas de ambientalistas que chamam atenção para ausência de políticas públicas de saneamento e moradias seguras
As recentes e intensas chuvas que assolaram diversos estados do sudeste do Brasil deixaram um rastro de destruição e provocaram a perda de vidas humanas, mesmo após intensos avisos e alertas de ambientalistas que chamam atenção para ausência de políticas públicas de saneamento e moradias seguras. De acordo com o último balanço oficial divulgado pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, pelo menos 25 pessoas morreram vidas devido a estes impactos no Sudeste do Brasil.
O estado do Espírito Santo foi duramente atingido, registrando 17 mortes em decorrência das chuvas. Mimoso do Sul, uma cidade com cerca de 25 mil habitantes, foi uma das áreas mais afetadas, com 15 vítimas fatais. O governador Renato Casagrande descreveu a situação como “caótica”, com equipes de resgate trabalhando incansavelmente para encontrar sobreviventes após o desabamento de várias residências.
No estado vizinho, Rio de Janeiro, oito mortes foram registradas, principalmente em áreas montanhosas, como Petrópolis e Teresópolis, devido a deslizamentos de terra. O governo estadual informou que quatro pessoas perderam a vida em Petrópolis, onde o desabamento de uma residência e de um pequeno prédio causou devastação.
Escolas públicas foram transformadas em abrigos para acolher aqueles que perderam suas casas nas enchentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade às famílias das vítimas e assegurou que o governo está em colaboração estreita com as autoridades locais para oferecer assistência e apoio durante esse momento difícil.
As chuvas intensas foram ocasionadas pela chegada de uma frente fria que provocou estragos ao longo da semana em diversos estados, antes de atingir em cheio o sudeste do país. Meteorologistas alertaram para a severidade das tempestades, com previsões indicando precipitações de até 200 mm por dia em algumas regiões.