Por que assistir à Copa do Mundo Feminina de 2023?
O Brasil joga, novamente, neste sábado (28), às 7h, em partida imperdível contra a França
O Brasil joga, novamente, neste sábado (28), às 7h, em partida imperdível contra a França
Por Paula Cunha
Comparando com a Copa do Catar, mesmo com algumas polêmicas, parece que ela foi só sobre futebol, mas, na da Oceania, não me sinto assim. Antes do jogo de segunda-feira, eu me preocupava com como o Brasil ia jogar, não falava pra ninguém, mas pensava. Quando ele acabou, Pia Sundhage disse, em entrevista coletiva, que não sabia como as jogadoras mais novas jogariam. Ninguém sabe o que vai acontecer, mas todos concordam que é um momento histórico. Depois do quatro a zero (com hat-trick), todo mundo comemorava e esse sentimento de alegria tem estado comigo enquanto acompanho os jogos. Uma das partes que mais gostei, na Copa, foi a torcida: no mesmo grupo, um bebê com sua mamadeira e uma moça com sua bebida (nesta Copa, pode beber). Uma torcedora segura uma bandeira e morde um sanduíche. Um cara comemora o gol do Brasil, de verde e amarelo, com um copão de cerveja na mão, ao lado de um pai segurando uma menina de macacão amarelo e maria-chiquinha. Um senhor carrega um copo térmico com um saquinho de chá dependurado, tudo numa boa.
A torcida é diversa, mas as jogadoras também: tem cabelo rosa, verde, azul, cílio postiço, moletom cropped, maquiagem, unha comprida, tudo enquanto a mulherada corre no frio e na chuva. Teve jogo com pênalti, gol cancelado, gol contra, expulsão, teve muita goleira boa, países estreando, lágrimas de felicidade e, pasmem, jogadoras sem contrato. Na Cazé Tv, ouço Casimiro dizer: ‘’é o maior momento do futebol feminino’’ e fico orgulhosa de presenciar.
Marta Rainha também “hablou” e se emocionou em um bate papo com Fernanda Gentil e outras jogadoras, na Cazé Tv:’’ Lembrei da minha primeira Copa (…) A diferença é nítida, né. Hoje, a gente tem tantas meninas praticando futebol, mas também mulheres trabalhando no futebol. A nossa delegação tem mais mulheres que homens. Mais uma conquista da gente, emocionante demais, é só o começo.’’
Bia Zaneratto enfatiza: ’’É uma conquista de todas as mulheres.’’
E, assim, uma semana passou (bem rápido). Esse momento é sobre igualdade de oportunidade, é sobre ocupar seus espaços e fazer o que se tem vontade (e todo o direito). A visibilidade que essa Copa está tendo vai ajudar as gerações futuras de jogadoras e profissionais do esporte da mesma maneira que a luta das pioneiras desbravou o caminho para as atletas de hoje. Lugar de mulher é onde ela quiser. Bem-vindos à revolução.
Observação: Se eu pudesse lhe dar duas dicas sobre esta Copa, elas seriam: assista aos jogos na Cazé Tv, no YouTube, e acompanhe pelas redes sociais da @ninjaesporteclube.
Fontes: UOL, Folha, Opera Mundi, Terra, Globo, Wikipedia, CazeTV e Instagram
Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube