Por mais professores, estudantes mantêm ocupação da prefeitura da USP em Ribeirão Preto
As greves e paralisações estão sendo coordenadas de forma independente por cada curso
As greves e paralisações estão sendo coordenadas de forma independente por cada curso
Desde quinta-feira (28), estudantes da Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto, em São Paulo-SP, ocuparam a prefeitura do campus, fazendo reivindicações urgentes relacionadas à educação e infraestrutura. As principais demandas incluem a abertura de concursos públicos para professores devido à falta de docentes, o risco de fechamento de cursos, a melhoria das condições nos Restaurantes Universitários após escândalos sanitários, e uma frota de ônibus maior e com ar condicionado.
A situação se soma a uma série de greves que afetam cursos da USP na capital paulista, com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) também sendo ocupada, e quase todas as faculdades do campus de Ribeirão Preto paralisadas.
Ontem, segunda-feira (2), foi marcada uma mesa de negociação direta com a Prefeitura, incluindo a prefeita, a vice-prefeita, diversos diretores da faculdade, representantes do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) e da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp).
No entanto, os estudantes relatam dificuldades em estabelecer um diálogo eficaz, frequentemente sendo interrompidos e desrespeitados. Com determinação, os estudantes conseguiram marcar novas articulações, incluindo uma reunião com o setor financeiro da Prefeitura e a possibilidade de encaminhar suas demandas à reitoria, com a expectativa de uma resposta até amanhã (4).
As greves e paralisações estão sendo coordenadas de forma independente por cada curso. Por exemplo, a Psicologia, em Assembleia Extraordinária, decidiu entrar em greve por tempo indeterminado, até que a prefeitura atenda às suas demandas. Enquanto isso, a Biologia havia determinado greve até amanhã, mas haverá uma assembleia para rever a duração da paralisação.
Dentro da ocupação, assembleias internas ocorrem duas vezes ao dia, onde as decisões são tomadas democraticamente por meio de votações. Esse modelo de organização permite que os estudantes se articulem e respondam às diversas demandas que surgem durante a ocupação.