
População vai às ruas nesta quinta-feira pela taxação dos super-ricos e fim da escala 6×1
Mobilização busca pressionar o Congresso Nacional.
Nesta quinta-feira, 10 de julho, trabalhadores e movimentos sociais ocupam as ruas de pelo menos 12 capitais — entre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba — para exigir a taxação dos super-ricos e o fim da jornada exaustiva na escala 6×1. A mobilização busca pressionar o Congresso Nacional, que tem sido alvo crescente de indignação popular por barrar avanços em pautas sociais e fiscais, sendo chamado de “inimigo do povo”.
A principal reivindicação é a reforma tributária: tributar grandes fortunas, lucros e dividendos; isentar do IR quem ganha até R$ 5 mil e taxar ganhos superiores a R$ 600 mil por ano, conforme proposta que cria imposto mínimo com alíquotas progressivas de até 10%.
Os protestantes denunciam a recente derrubada, no Congresso, de um decreto que ampliava o IOF sobre bancos, bilionários e casas de apostas (“BBB”), medida aprovada mas revogada em 25 de junho.
A outra pauta central do movimento é o fim da exaustiva escala 6×1 — jornada que impõe apenas um dia de descanso após seis dias de trabalho — por prejudicar a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores. A mobilização também faz referência à PEC apresentada pela deputada Érika Hilton e ao Movimento Vida Além do Trabalho.
Pesquisa do Instituto Quaest aponta que 70% dos deputados são contrários ao fim da 6×1.
Hoje, as manifestações acontecerão às 18h em São Paulo (Avenida Paulista, Masp), às 17h em Brasília (Rodoviária do Plano Piloto) e Rio (em frente à Bolsa), além de outros pontos como Praça Sete (BH), Estação Tubo (Curitiba), Avenida Beira-Mar (Fortaleza) etc. Busque informações nos perfis dos movimentos sociais da sua cidade e confira onde será o ato no seu território.
Essas ações também se estendem ao plebiscito popular lançado em 1º de julho, com votação até 7 de setembro, que visa tornar ainda mais visível a posição da sociedade sobre justiça fiscal e jornada digna.
A mensagem é clara: Quem lucra muito, precisa contribuir mais – e quem trabalha merece viver melhor!