Polícia investiga se ouro apreendido com Valdemar Costa Neto foi extraído de terra indígena
Teste de DNA vai determinar região de origem de 39 gramas de ouro, apreendidos durante a operação que investiga uma organização criminosa que pretendeu dar um golpe para manter Jair Bolsonaro na presidência
Uma pepita de ouro, pesando 39,18 gramas e com um grau de pureza de 95,26%, foi apreendida pela Polícia Federal durante busca e apreensão na casa de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, que teve de entregar o passaporte para as autoridades. Os dois estão sendo investigados por crimes de atentado violento ao Estado Democrático de Direito, e tentativa de golpe de Estado.
A perícia da PF confirmou a autenticidade do ouro apreendido e agora se volta para determinar sua origem, inclusive investigando se foi extraído ilegalmente de terras indígenas. Esse processo inclui a realização do DNA do ouro encontrado.
Além da posse irregular da pepita de ouro, as autoridades também encontraram uma arma ilegal, um revólver calibre 38, no mesmo endereço. A arma, registrada em nome do filho de Costa Neto e com a documentação vencida, levou à prisão do político por posse ilegal de arma de fogo e também por usurpação mineral. Não há previsão de fiança para os crimes imputados.
Essa ação da PF faz parte de uma investigação mais ampla que visa apurar uma tentativa de golpe de Estado durante as eleições de 2022, envolvendo não só Costa Neto, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares.
Até o momento, Valdemar Costa Neto permanece detido.