Polícia abre inquérito para investigar cantor sertanejo Bruno por transfobia
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que homofobia e transfobia são crimes equiparados ao crime de racismo
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que homofobia e transfobia são crimes equiparados ao crime de racismo
O cantor sertanejo Bruno, da dupla com Marrone, está sendo oficialmente investigado por transfobia contra a repórter Lisa Gomes, da RedeTV. A Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais, contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo começa agora a ouvir testemunhas, após o pedido do Ministério Público (MP).
Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a homofobia e a transfobia são crimes equiparados ao crime de racismo.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) confirmou que a equipe da delegacia está analisando uma entrevista concedida pelo cantor. Lisa Gomes será convocada para prestar depoimento, conforme informação da Folha de S. Paulo e confirmada pelo O GLOBO.
Em maio, Bruno já havia sido denunciado ao Ministério Público de São Paulo por comportamento transfóbico. A ação, apresentada pela Associação dos LGBTQIA+, buscava a punição da artista pelas atitudes discriminatórias contra Lisa Gomes durante uma entrevista concedida à RedeTV!, duas semanas antes.
Durante uma entrevista, o cantor constrangeu a jornalista ao questionar se ela tinha um órgão genital masculino. Essa atitude ocorreu nos bastidores de um evento voltado para a música country, com várias pessoas acompanhando o trabalho da reportagem.
A denúncia, apresentada pelo advogado criminalista Angelo Carbone, enfatiza que somente a aplicação efetiva da lei, incluindo a prisão de homofóbicos e transfóbicos, pode impedir que esses crimes continuem ocorrendo no Brasil.