Foto: arquivo pessoal

Por Deives Picáz

Desde o ano em que contei para os meus pais que sou gay, muita coisa mudou na minha vida. Mas a primeira coisa que mudou na vida deles foi o receio do que pudesse acontecer comigo já que vivemos em um dos países que mais mata pessoas da comunidade LGBTQIA+. E assim, me pediram a não exposição sobre o assunto na internet.

Porém, conforme o tempo foi passando, a ânsia de vomitar tudo aquilo que doía em mim foi aumentando. Eu já não queria mais me calar diante do que acontece com jovens da comunidade LGBTQIA+ porque, afinal, calado ou protestando, isso também poderia vir acontecer comigo.

Depois de um tempo produzindo conteúdo na internet, meus pais entenderam que falar sobre a minha sexualidade era necessário e poderia ajudar outros jovens que ainda não se sentem confortáveis em falar.

Meu principal conteúdo do Instagram é a inclusão, mas eu jamais deixaria de fora a luta que enfrento todos os dias, que é saber que a cada 26 horas, pais estão perdendo seus filhos para a lgbtfobia.

Foi tão bom unir a bandeira PCD à bandeira LGBTQIA+ porque abrange mais pessoas interessadas por um só dos dois assuntos, mas que acabam se conscientizando por consumir involuntariamente os dois.

A luta não para, a voz não se cala e as cores se exalam!

Precisamos entender que ficar calado não evita nada, mas lutar pelo que é nosso, evita!

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

Márcio Santilli

Através do Equador

XEPA

Cozinhar ou não cozinhar: eis a questão?!

Mônica Francisco

O Caso Marielle Franco caminha para revelar à sociedade a face do Estado Miliciano

Colunista NINJA

A ‘água boa’ da qual Mato Grosso e Brasil dependem

Márcio Santilli

Agência nacional de resolução fundiária

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos

Casa NINJA Amazônia

O Fogo e a Raiz: Mulheres indígenas na linha de frente do resgate das culturas ancestrais

Rede Justiça Criminal

O impacto da nova Lei das saidinhas na vida das mulheres, famílias e comunidades