PF prende um dos líderes de 8 de janeiro durante encontro de extremistas de direita no RJ
Ventura era identificado como líder de um grupo de extrema direita que marcou presença no acampamento do quartel-general do Exército em Brasília
Prisão preventiva de Diego Ventura foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes
A Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de um dos principais líderes da invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida durante os atos golpistas, em 8 de janeiro deste ano, em Brasília. Diego Ventura, apontado como um dos cabeças da ação, foi detido em Campos dos Goytacazes, no Norte-Fluminense, durante o evento intitulado “Assembleia Nacional da Direita Brasileira”.
A prisão preventiva de Diego Ventura foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que lidera as investigações acerca dos atos de violência ocorridos na capital do país. A Polícia Federal cumpriu três mandados expedidos pelo STF: um de prisão, um de busca pessoal e outro de busca e apreensão, culminando na apreensão do aparelho celular do comerciante.
Ventura era identificado como líder de um grupo de extrema direita que marcou presença no acampamento do quartel-general do Exército, em Brasília. Ele já havia sido detido, anteriormente, em dezembro do ano passado, pela Polícia Militar do Distrito Federal, quando se dirigia à sede do STF, portando itens como estilingues, rádios comunicadores e uma faca. Contudo, foi liberado no mesmo dia.
Em imagens capturadas por testemunhas, Diego Ventura aparece chutando grades de contenção do STF, momentos antes da invasão ao prédio, além de ser flagrado dentro do edifício, depredado durante o ato de violência. A ação, liderada por ele e outros indivíduos, resultou em danos ao patrimônio público e comprometeu a segurança das autoridades do Supremo Tribunal Federal.
Ana Priscila Azevedo, outra líder identificada como participante da invasão, foi presa em 10 de janeiro. Porém, naquela ocasião, Ventura conseguiu escapar. As autoridades acreditam que sua captura representa um avanço nas investigações e é mais um desdobramento da ‘Operação Lesa Pátria’, que foi deflagrada em 20 de janeiro, com o objetivo de identificar e responsabilizar todas as pessoas envolvidas, financiadoras ou cúmplices dos atos de violência ocorridos em Brasília.