Ao discursar no Encontro Nacional de Mídias Alternativas, Comunitárias e Digitais, ‘Unindo Vozes’, realizado nesta quinta-feira (12) na cidade da Armênia, o presidente da Colômbia Gustavo Petro anunciou que o Governo Nacional aplicará a lei dos terços para que um terço do total da diretriz oficial financie a mídia alternativa do país.

Perante uma audiência de representantes de cerca de 1.500 meios de comunicação populares, o presidente enfatizou a importância de dividir o programa em três partes, sendo que 33,3 por cento correspondem a meios de comunicação alternativos.

“A lei dos terços é a da publicidade oficial, um terço vai para os meios online, outro terço vai para os meios tradicionais e a última parte vai para os meios alternativos”, afirmou.

O Presidente disse aos jornalistas que “ter poder é ter o poder de comunicar, de não ser silenciado e de dizer verdades verdadeiras. E você tem esse poder”.

Sobre a terceira parte da publicidade que irá para os meios de comunicação tradicionais, indicou: “Não fecharemos a mídia”.

“Financiar esse empoderamento, e se a comunicação alternativa for fortalecida, o povo da Colômbia será empoderado”, disse o presidente Petro, e afirmou que a comunicação “é construída a partir de vozes”. “Unidade das vozes multicoloridas do povo da Colômbia para que a verdadeira democracia possa ser construída.”

E acrescentou: “Como alguém disse, que floresçam 100 escolas e se abram milhares de flores de todas as cores, porque esse é o verdadeiro papel da comunicação social, da imensa diversidade, do orador do povo, da base, do trabalhador que conta uma notícia, o agricultor que conta o que aconteceu no seu caminho, a mulher que conta as suas tristezas e as suas lutas, o jovem que canta poesia, que não aparece na RCN nem no Caracol, mas que é ouvido por um milhão de jovens nas redes, e que depois perseguem para tentar arrancar-lhe o olho ou, como fizeram com Víctor Jara, cortar-lhe a língua e as mãos para que não cante mais”.

“Sou um exemplo de comunicação alternativa. Eu, como você, sou um comunicador, um comunicador político alternativo”, concluiu o chefe de Estado.