A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), localizada na Paraíba, está desenvolvendo um projeto científico do maior radiotelescópio da América Latina. Chamado Bingo (Baryon Acoustic Oscillations from Integrated Neutral Gas Observations), o radiotelescópio, está sendo desenvolvido em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), USP e várias instituições de ensino de diversos países, como China, Inglaterra, África do Sul, Coreia do Sul, Itália, Alemanha e Estados Unidos.

A UFCG é a segunda maior depositante de patentes de invenção no Brasil, logo atrás da Petrobras, conforme o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O objetivo principal do radiotelescópio é estudar a energia escura, que é responsável pela maior parte do universo e cuja natureza ainda é desconhecida. A instalação do radiotelescópio já começou no município de Aguiar, na Serra do Urubu, na Paraíba, com previsão para funcionamento em 2025.

A Serra do Urubu, foi selecionada como local ideal para a instalação do radiotelescópio brasileiro após uma extensa pesquisa por todo o país. A área é livre de poluição de ondas de rádio e celulares, oferecendo um isolamento acústico perfeito para captar os sons do universo. O radiotelescópio tem uma estrutura equivalente ao tamanho do Estádio do Maracanã, com uma antena parabólica de 40 metros de diâmetro.

Financiado com recursos do governo da Paraíba, por meio da secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba ( Fapesq – PB), do governo de São Paulo (Fapesp) e do governo federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, totalizando R$ 35 milhões até o momento. A China também está prevista para contribuir financeiramente.

De acordo com os pesquisadores o orçamento parece muito, porém é muito pouco em comparação com outros radiotelescópios, a intenção é dobrar o valor, e com a ajuda da China não chegará a R$ 100 milhões. Mesmo assim, o Bingo é considerado competitivo.