Pelo 10º mês consecutivo, Amazônia registra redução do desmatamento, aponta Imazon
Apesar dos resultados preocupantes, todos os estados da Amazônia Legal registraram queda no desmatamento em relação ao ano anterior, sugerindo um avanço nas políticas de preservação ambiental
Dados de satélites apontam uma significativa redução no desmatamento da floresta amazônica no mês de janeiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Imazon, em um relatório divulgado nesta quarta-feira (21). Segundo o monitoramento, a área devastada em janeiro de 2024 foi de 79 km², representando uma queda de 60% em relação aos 198 km² desmatados em janeiro do ano anterior.
Essa redução marca o décimo mês consecutivo de queda no desmatamento, indicando uma tendência positiva na preservação da Amazônia. Apesar da melhora, o desmatamento observado em janeiro ainda equivale à perda de mais de 250 campos de futebol por dia de floresta.
O estado de Roraima foi o mais afetado em janeiro, com 32 km² desflorestados, representando 40% do total desmatado na região no período. Mato Grosso e Pará também figuram entre os estados com maior área desmatada, registrando 19 km² e 14 km², respectivamente.
Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, destaca que a liderança de Roraima no ranking de desmatamento em janeiro pode ser atribuída ao clima mais seco na região, facilitando tanto a prática do desmatamento quanto a detecção da destruição pelos satélites.
Em relação às terras indígenas e unidades de conservação, Roraima concentra mais da metade das terras indígenas mais desmatadas na Amazônia em janeiro, enquanto o Pará e o Amazonas contabilizam a maior parte das unidades de conservação entre aquelas com mais floresta derrubada.
Apesar dos resultados preocupantes, todos os estados da Amazônia Legal registraram queda no desmatamento em relação ao ano anterior, sugerindo um avanço nas políticas de preservação ambiental.
O sistema de monitoramento do Imazon, chamado de SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), utiliza satélites Landsat 7 e 8 da NASA, e Sentinel 1A, 1B, 2A e 2B da Agência Espacial Européia (ESA), permitindo a detecção precisa das áreas desmatadas e fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões em prol da conservação da Amazônia.