Bolsonaro e uma comitiva presidencial visitaram Argino Bedin em setembro de 2020 durante a pandemia de COVID-19

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O empresário Argino Bedin, ruralista conhecido como “pai da soja”, em Mato Grosso, será ouvido como testemunha na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito do Golpe. O depoimento está sendo transmitido on-line. As contas bancárias de Bedin foram bloqueadas em novembro por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Bedin é suspeito de financiar atos antidemocráticos após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Sua família doou R$ 160 mil para a campanha de reeleição de Bolsonaro. Caminhões associados à família Bedin se deslocaram para o Quartel-General do Exército após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro e uma comitiva presidencial visitaram Argino Bedin em setembro de 2020 durante a pandemia de Covid-19. O ex-presidente criticou as políticas de isolamento social durante essa visita.

Os requerimentos para convocar Argino Bedin à CPMI foram apresentados pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e pelo deputado Carlos Veras (PT-PE).

O ministro do STF, Dias Toffoli, concedeu a Bedin o direito de permanecer em silêncio durante seu depoimento na CPMI. Toffoli negou o pedido de habeas corpus da defesa de Bedin para não comparecer à oitiva.

A CPMI deve também votar o requerimento de reconvocação de Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens assinou uma delação premiada e as revelações até o momento apontam que Bolsonaro se reuniu com militares do alto comando do Exército para uma tentativa de golpe, e que Bolsonaro também arquitetou ataque às urnas para minar a eleição de Lula.

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