O padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência de São Paulo após receber ameaças e injúrias em redes sociais. O ataque teve início com um comentário de um perfil identificado como Paulo Sposito, que possui cerca de 50 mil seguidores e acusou Lancellotti de ser responsável por problemas de segurança no bairro Mooca, na Zona Leste de São Paulo.

O perfil, que se descreve como pró-armas e “presidente da AF dos CACs do Brasil” (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), fez ameaças diretas ao padre, sugerindo que ele deveria ser transferido ou sofrer consequências severas. As ameaças foram postadas tanto no Instagram quanto no Facebook, o que aumentou a preocupação pela segurança do padre.

Em resposta, padre Lancellotti tomou a iniciativa de expor a situação publicamente e procurou a delegacia para registrar a ocorrência. Em uma declaração à TV Globo, ele expressou sua dificuldade em compreender a onda de ódio e reafirmou o compromisso da Pastoral em continuar seu trabalho de apoio às pessoas em situação de rua, sem fomentar violência.

A polícia agora investiga o caso, buscando garantir a segurança de Lancellotti e lidar com as ameaças recebidas. O padre destacou a importância de enfrentar os desafios com propostas construtivas, mantendo o foco em ajudar os mais necessitados.

*Com informações da Folha de SP