Pablo Marçal, Eduardo Bolsonaro (PL), e outros deputados, vereadores e influenciadores foram denunciados por usar a catástrofe climática no Rio Grande do Sul para disseminar notícias falsas acerca da atuação do socorro. Nem mesmo o trabalho dos bombeiros é poupado. Com mais de 10 milhões de seguidores nas redes, o coach foi denunciado por mentir sobre cobrança de nota fiscal para entrega de produtos doados, além de desinformar sobre as Forças Armadas.

Segundo a AGU, Pablo Marçal, em vídeos publicados em suas redes, teria afirmado que as Forças Armadas não estariam atuando na região afetada pela calamidade, o que é uma mentira evidente.

As Forças Armadas estão envolvidas desde o dia 1º de maio em atividades de resgate de pessoas, atendimentos médicos, transporte de equipes e materiais, além da arrecadação e entrega de donativos para a região, com quase 12 mil militares, 94 embarcações, 348 veículos, quatro aeronaves e 17 helicópteros, segundo informações da AGU.

A Procuradoria Nacional dos Direitos do Cidadão (PNDD) destaca que a disseminação de desinformação reduz a confiança da sociedade na resposta do Estado brasileiro, o que pode desencorajar a entrega de donativos e prejudicar os resgate, conforme apurou o Migalhas.

A mais recente decisão judicial que removeu notícias falsas das redes sociais é o caso do vereador Jonas Dalagna (PP), conhecido por sua aliança política com Jair Bolsonaro (PL) em Canoas, Rio Grande do Sul. As postagens acusavam a prefeitura de “sequestrar” doações destinadas às vítimas das enchentes no estado.

A decisão foi tomada pela juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, em resposta a um pedido do município, determinando que Dalagna remova as publicações em até 24 horas.

Além da ação judicial envolvendo Marçal, a AGU enviou uma notificação extrajudicial ao X (antigo Twitter), solicitando que a plataforma acrescente esclarecimentos em publicações que alegam que a União teria patrocinado um show da cantora Madonna no Rio de Janeiro, em vez de destinar recursos para o enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul.