Por Tato Amorim

Eu parecia um adolescente quando se apaixona pela primeira vez. Foi amor a primeira visita; como as pessoas dizem por aí. A calmaria e a serenidade que a água me transmitia era por muitas vezes o meu ponto de paz.

Eu contava os dias de quando eu poderia viver aquela sensação de liberdade de novo. No meio de tanto caos, aquele era o meu momento de desbravar e conhecer as possibilidades do meu corpo que por muitas vezes era julgado!

Mergulhar o mais fundo que eu conseguisse (mesmo que com auxílio do professor) e depois voltar a superfície, era como se eu estivesse me fortalecendo e me conectando ainda mais com as possibilidades que o meu próprio corpo me apresentava dentro da água. Era uma dança mesmo sem música, um grito mesmo sem fala e resistência mostrando para a nossa sociedade capacitista e excludente que eles não vão anular a nossa existência.

Que nós possamos ser cada dia mais vistos, ouvidos e livres dentro ou fora da água. A diversidade é existente e por mais que muitos de vocês tentem, não vão conseguir nos prender em correntes!

Texto produzido em cobertura colaborativa para a NINJA Esporte Clube