Capoeirista, professora de educação física da rede estadual e musicista, Tallia Sobral é candidata a vereadora em Juiz de Fora e traz um novo olhar sobre a cidade. Foi através dessa expressão cultural que pode entender melhor nossa história e as formas de resistência. Como parte da União Cultural da Capoeira dá aulas há 15 anos em projetos e espaços culturais. É também integrante do coletivo “De Dandara às Marias”, construído por mulheres capoeiristas da Zona da Mata Mineira.

“É a capoeira que coloca meus pés no chão e ao mesmo tempo me permite sonhar e projetar uma sociedade diferente, mais justa e igualitária.”

Sua trajetória é marcada pela luta, foi militante do D.A. da Faefid/UFJF, do PSTU, Movimento Mulheres em Luta, vice presidente da SIPA da AMAC e diretora da Subsede do SindUTE / JF. Atualmente é militante da Resistência e do PSOL e faz parte da Resistência Feminista e do coletivo Salto!. Trabalhou em projetos sociais, na assistência social com “Curumins”, e na rede municipal de ensino antes de lecionar nas quadras do Benfica na Zona Norte de Juiz de Fora. Sempre conectada com a periferia e atuando junto às pessoas mais carentes da cidade.

 

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Tallia não chega só e já experimenta coletivamente há mais de uma década o pensar a cidade de forma plural. Na luta contra as opressões reforça que está ao lado da maioria da sociedade composta por mulheres, negras e negros, indígenas e LGBTQIAP+. Como Bi, sente na pele o preconceito e de seu lugar de privilégio entende que é preciso somar forças às lutas de quem é marginalizado e excluído socialmente. “Nossa existência vem sendo ferida, reprimida e anulada. Lutar contra as opressões é lutar por nossa vida e o direito de existir.” Vegana, mãe de três cachorros e amante das plantas, percebe nos pequenos detalhes da vida, na simplicidade das ações, revoluções gigantescas a serem encampadas.

“A partir da nossa realidade concreta, precisamos pensar as nossas pautas, defender uma expansão pública, gratuita e de qualidade. Precisamos defender a cultura de uma forma ampla, que a periferia seja o centro.”

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