Os jogos da luta por igualdade e diversidade
Mudanças promovidas pelo COI buscam assegurar maior igualdade e diversidade para os Jogos Olímpicos
Por Mariana Walsh para a cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube
Previsto para acontecer em 2020, os Jogos Olímpicos de Tokyo não contam com a presença de público e estão sob um forte esquema de protocolo sanitário. Entretanto, essa edição dos Jogos também está marcada pelas mudanças feitas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por igualdade, respeito à diversidade e, também, por uma abertura para manifestações políticas e sociais.
Durante a cerimônia de abertura, nesta sexta-feira (23), foi possível notar duas mudanças. A pedido das Comissão de Atletas, os termos “inclusão” e “igualdade” foram acrescentados ao juramento olímpico. Além disso, ao invés de três, foram seis pessoas responsáveis pela leitura, dois atletas, dois técnicos e dois juízes.
A outra mudança foi em relação à porta-bandeira. Agora, os Comitês Nacionais puderam indicar um homem e uma mulher para carregarem juntos a bandeira do seu país. No caso do Brasil, os escolhidos foram o levantador Bruninho (ouro no Rio 2016 e prata em Londres 2012 e Pequim 2008) e a judoca Ketleyn Quadros (primeira brasileira medalhista em esportes individuais com um bronze em Pequim 2008).
Já a regra que proíbe os protestos políticos e sociais foi afrouxada. O COI aceitou protestos nas redes sociais e antes ou durante as provas nos recintos de competição. Porém, a entidade ressalta que os protocolos de premiação e das cerimônias de abertura e encerramento devem ser respeitados, sob o risco de punição.
Outro marco importante deixado pela edição japonesa do Jogos é em relação à igualdade de gênero. Quase 11 mil mulheres participam da competição, totalizando 48,8% da delegação de atletas, sendo a maior igualdade de gênero nesse sentido. A meta para as Olimpíadas de Paris 2024 é igualar a porcentagem de participação feminina e masculina, por isso nos últimos anos houve um aumento no número de vagas para as mulheres.