Mídia NINJA convoca rede de cultura e clima porque Meio Ambiente é Cultura
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, mobilizamos nossos afluentes para lançar em um chamado em conjunto com o Climax.Now, nossa frente de Justiça Climática.
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, mobilizamos todos os afluentes da Mídia NINJA para lançar em conjunto com o Climax.Now – nossa frente de Justiça Climática, um chamado para a construção de uma rede de Cultura e Clima, porque entendemos que Meio Ambiente é Cultura.
Gilberto Gil, em sua imensa sabedoria, quando propôs ABRANGÊNCIA em seu discurso de posse como então ministro da Cultura, defendeu o papel da imensa potência cultural do Brasil para “a mudança estratégica e essencial, que mergulhe fundo no corpo e no espírito do país”.
Ao propor a Cultura como solução e o papel do Estado na realização do do-in antropológico no imenso corpo cultural do país para avivar o velho e atiçar o novo. Dizia ele: porque a cultura brasileira não pode ser pensada fora desse jogo, dessa dialética permanente entre a tradição e a invenção, numa encruzilhada de matrizes milenares e informações e tecnologias de ponta.
“Como parte do projeto geral de construção de uma nação realmente democrática, plural e tolerante. Como parte e essência de um projeto consistente e criativo de radicalidade social. Como parte e essência da construção de um Brasil de todos”.
Gilberto Gil
É notório que o nosso tempo arde em uma conjunção de crises. E que o sistema capitalista é a doença afligidora dessas tantas febres. A Economia do acúmulo com suas guerras que fortalecem o PIB, os fundamentalismos, a exploração incessante dos recursos naturais e dos animais. A concentra riquezas que exaure, aliena e violenta.
Cultura e diversidade é o oposto disso, é arte, e para além dela, é possibilidade de invenção e reinvenção, é disrupção e experimentação de novos rumos. É forma de viver e estar no mundo, é agroflorestania, é economia da floresta em pé, é cidadania, é cura, é a realização plena do humano. É construção política de projeto global de vida, partilha e solidariedade. É revolução pacífica para a construção de novos mundos.
Daí a importância de coloca-lá no centro do palco dos debates sobre solução e cura, com ousadia para que um novo tempo de criatividade política e construção de novos horizontes seja possível.
* Os pensamentos contidos neste artigo são inspirados no discurso de posse e construção política do Ministério da Cultura sob comando do então ministro Gilberto Gil.