Israel já mata uma criança a cada três dias
Os números divulgados por entidades internacionais aclara como se faz urgente mudar esta história.
Aparentemente a comunidade internacional se acostumou normalizar o genocídio palestino como um embate destinado a existir em nosso tempo. Os números divulgados por entidades internacionais aclara como se faz urgente mudar esta história.
A Defesa Internacional de Crianças Palestinas (DCIP) relatou que entre setembro de 2000 (Segunda Intifada/ Al-Aqsa) e setembro de 2018, 2070 menores palestinos foram assassinados pelas forças israelenses, guardas de segurança ou colonos sionistas em territórios ilegais.
A associação pediu a prisão dos soldados que matam ou mutilam crianças com clara violação dos direitos humanos. Mensurados os 6570 dias, o informe revela que em média a cada 3,15 uma criança perde a vida para violência desta crise.
No mesmo sentido de ideias corrobora o relatório da Sociedade de Prisioneiros Palestinos(PPS), que mostra de janeiro até final de outubro deste ano o montante de 908 crianças detidas, sendo 270 ainda em centros de detenção. A noite dos palestinos se distanciam do normal, na madrugada seus lares podem ser invadidos sem nenhum mandato. Os pés na porta trazem o terror e a certeza que vivem numa colônia administrada pela força dos “escolhidos”.
Nesta realidade, as crianças são retiradas dos seus lares, levadas sozinhas para o cárcere, muitas vezes sem nenhum processo legal. Isoladas do amparo da lei e da família, são obrigadas a dormir em camas de concreto com salas sem janelas. Os interrogatórios em lugares sem câmeras servem para esconder espancamentos e que são obrigadas a responder perguntas que nem sabem sequer a razão.
Israel nem mesmo reconhece um menor naqueles poucos anos de vida, privam do estudo, na prática impedem familiares de visitação, ao remeter a criança para outra região que seus entes não conseguem visto para se deslocar. As medidas do país sionista o levaram ao topo de desrespeito aos direitos humanos pela ONU, é o único país a levar crianças para tribunais militares, ao passo que os israelenses civis, adultos ou não, se reportam a tribunais cíveis.
Segundo a Sociedade de Prisioneiros Palestinos, em março deste anos existiam 5867 detidos, sendo 3478 condenados ,1667 esperando conclusão do processo judicial, 291 em delegacias e 431 em detenções administrativas. Mas nesta veracidade nada é mais chocante que os 304 menores presos, deles 241 entre 16 e 18 anos,para 63 que são ainda mais novos. Crianças torturadas, presas em solitárias e que nem sequer entendem o idioma que se registram os processos e depoimentos.
O propósito de longe não é buscar a justiça. As leis que facilitam as prisões de crianças, protegem os israelenses civis de uma condenação por assassinato.
Retirar qualquer condição de humanidade do oprimido é a premissa que outorgou aos alemãs nazistas, o protagonismo do horror na história contemporânea. O povo de Israel, que sofreu o holocausto, deveria ser o aliado primeiro da humanidade em não permitir que seu Estado se transformasse no algoz do século XXI. A realidade é que a dominação para Israel hoje, suplanta se apoderar das terras palestinas inseridas no acordo de 1967. A forma contraditória desta história de superação, agora oferece ao mundo um espetáculo dantesco ao furtar a infância destas crianças palestinas, que ainda não sucumbiram ao seu poder letal.