Casa Ninja Amazônia Tour: O reencontro com nós mesmos
Crônicas da Casa Ninja Amazônia que trazem a história da Mídia NINJA na região
Depois da imensidão de mergulho da primeira rota da Casa Ninja Amazônia Tour, o que mais tenho aqui são histórias. Hoje começo algumas crônicas que intitulei “#CasaNinjaAmazoniaTour: o reencontro com nós mesmos”.
Rodar o Brasil e as Amazônias tem sido uma volta para casa ‘à caráter’. Depois de anos de lutas intensivas contra golpes, por direitos, contra o fascismo, pela vida, finalmente carimbamos nossos passaportes de volta aos nossos territórios. Folhas, galhos, barro, árvore, águas, chão, muito chão. A nossa cidade número 1, a primeira parada:
Cuiabá: onde tudo começou
Casa Ninja Amazônia Tour, dia 1º. Chegamos em Cuiabá. Tudo pronto, coração a mil e olhar determinado no horizonte. Esse é o início de um mergulho de 30 dias.
O sorriso não cabia de tão largo, nossa passagem seria breve, mas precisava mostrar uns cantinhos da cidade pros meus, alguns ali pela primeira vez. O Rio Cuiabá, o centro geodésico da América do Sul, a catedral e a praça da República, a igreja de São Benedito, os quitutes cuiabanos.
O encontro com dona Eulália e, ao acaso, com Bella Campos que a visitava, foi sincronicidade. Logo que chegamos elas estavam todas ali na frente da casa. Imagine! Quase nem íamos lá, já era tarde para os quitutes. Mas o Frank, motorista da van, contou que estavam ficando até mais tarde por lá. Arriscamos, e deu certo.
A tradição e a ancestralidade da quituteira mais famosa de Cuiabá, com a novidade da atriz que está hoje em uma das novelas de maior sucesso da emissora. E claro, nossa van cheia de Ninjas, com o bilhete de retorno carimbado, dez anos depois da nossa Nave Fora do Eixo ter partido.
Cuiabá foi um reencontro com o nosso ponto de partida. Nosso ninho de afetividades. O brilho nos olhos de nossas mães, o abraço de nossos aliados históricos, que nos conheceram de origem.
Dona Domingas com sua reza forte de fazer desabar as águas do céu. A chuva de mamãe Oxum, que caiu subitamente para nos saudar ao fim com arco-íris. Me emocionei profundamente. Sentimo-nos abençoados.
Na saída, com as palavras de Marina Capilé, lembrei-me de Fred Maia: São Marcos na frente e São Marcos atrás. Ligamos o motor da van e partimos para nossa primeira parada a quase 500 km dali. Vila Bela da Santíssima Trindade.