Audiotransvisual: Amei-a, de Vinicius Cassano
Crítica do curta-metragem feito a partir de exibição no Festival Audiotransvisual
Por Carla Luã Eloi
Crítica com spoiler
Amei-a é uma animação lúdica criada por Vinicius Cassano. Feito em stop-motion, o curta ficcional conta a aventura encantadora de uma meia em busca de seu par. A pessoa espectadora imediatamente é transportada para um universo de acalento e tranquilidade, proporcionado pela ludicidade construída com as imagens e pela música.
Amei-a foi a única animação apresentada no Festival Audiotransvisual. Com uma trilha sonora leve e harmoniosa, o filme traz fotografias em várias possibilidades de planos e ângulos, conforme a solitária meia vermelha, que se separou sem querer de seu par, continua em sua saga para reencontrá-lo.
Enquanto o par desgarrado se aventura em uma jornada pela casa, o outro pé em solitude busca aconchego com as outras meias, sem nunca ser escolhido para aquecer o pé de ninguém, sem nunca se encaixar verdadeiramente com outra meia.
Detalhista até o último segundo, a obra se encerra com os créditos, que também fazem parte da obra. De forma divertida e surpreendente, cada personagem: meias, cestas, meias figurantes, meia furada e todos os objetos usados no curta vem listados nos créditos, seguidos de um aviso de que nenhuma meia foi maltratada durante a realização do filme.
Uma obra extremamente delicada, capaz de causar onomatopeias de encanto em qualquer pessoa, de qualquer idade.
Carla Luã Eloi escreveu esta crítica em colaboração ao FOdA Fora do Armário, editoria LGBT+ da Mídia NINJA, a partir da exibição do filme no Festival AudioTransVisual