#Conheça: André Barros – pelo fim da guerra nas favelas do Rio de Janeiro
“Nunca parei e nunca precisei de um mandato para lutar. Mas com um mandato nossas lutas e nossas causas vão ficar mais fortes.” Advogado carioca e ativista canábico André Barros é morador de Santa Tereza e tem uma vida de lutas desde a infância. Hoje mestre em Ciência Penal, foi exilado político junto de sua […]
“Nunca parei e nunca precisei de um mandato para lutar. Mas com um mandato nossas lutas e nossas causas vão ficar mais fortes.”
Advogado carioca e ativista canábico André Barros é morador de Santa Tereza e tem uma vida de lutas desde a infância. Hoje mestre em Ciência Penal, foi exilado político junto de sua família na década de 70 com apenas 6 anos de idade. Integrou a Comissão de Direitos Humanos da OAB por 28 anos, além de ser membro do IAB, a mais antiga instituição jurídica das Américas. É do samba e integrou a bateria do Império Serrano por 25 anos, mas foi na Marcha da Maconha que direcionou seus esforços. A legalização é uma realidade internacional, que cedo ou tarde, como defende André, acontecerá no Brasil.
Como candidato, entre suas prioridades está o fim das operações policiais racistas nas favelas, a legalização da venda da maconha na cidade, principalmente nas favelas, enquanto medida de reparação social, crescimento econômico, geração de emprego e redução da violência. O aumento da arrecadação tributária com a cobrança de grandes devedores, a reversão da bilionária receita orçamentária do PIB da maconha para o município e o auto-cultivo e associações canábicas para fins medicinais.
Mas sua luta vai além. Assim como defende a liberdade de se cultivar e usar maconha para fins medicinais e recreativos, defende que o direito à água potável é universal. Travou uma batalha contra o sucateamento e a privatização da empresa de água e saneamento do Rio nas ruas e quer ser resistência na Câmara de Vereadores. “O maior bem que temos é a água do Rio de Janeiro. A água não pode ser uma mercadoria.” Ainda mais em tempos de pandemia, quando as pessoas precisam tanto de água potável, água pra lavar as mãos e higienizar ambientes e alimentos.
“A água é um bem essencial, o mais importante para a vida. O Witzel que está fora do governo e processado por impeachment é grande defensor junto do Governo Federal da privatização da Cedae. Após as eleições eles podem voltar a ideia de privatizar até o S.U.S, uma das maiores conquistas da Constitiuição de 1988. Bolsonaro e Witzel querem privatizar a água do rio. Só quem tem dinheiro para comprar água pode lavar as mãos?”
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Outra questão fundamental para André são as crianças e adolescentes das escolas públicas. Pensando segurança alimentar, com comida em quantidade, diversidade e qualidade. Sem contar as aulas virtuais que não são oferecidas de forma igualitária para os estudantes de escolas públicas em relação aos alunos particulares. O Rio que tem a maior rede de educação pública da América Latina, onde ocorreram grandes eventos internacionais como Copa e Olimpíadas com a instalação de redes de informática avançadas, ainda está, na visão de André, muito atrasado na hora de entregar ensino de qualidade para os estudantes. “Tanto se falou no legado Olímpico e não tivemos no mínimo um legado de sistema de internet para os estudantes de escolas públicas.” O candidato lembra como a maioria do estudantes públicos não tem nem acesso às aulas virtuais.
“Isso é gravíssimo e mostra a desumanidade da cidade. Com apenas uma parte dos estudantes, crianças e adolescentes com segurança alimentar e acesso a suporte virtual. Vamos ter como prioridade que as crianças e adolescentes de escolas públicas do Rio tenham segurança alimentar e acesso aos recursos, a tecnologia, a renovação, transformação das salas de aula.”
Por isso defende o que está na Constituição no Artigo 3º, Inciso III, como objetivo da República Federativa erradicar a pobreza e a marginalização. E reduzir as desigualdades sociais e regionais.