Adelzon Alves: 80 anos em defesa da música popular brasileira
O jornalista, radialista e produtor Adelzon Alves é um patrimônio da música nacional. Conhece todos os nomes, datas e contextos, nos mínimos detalhes. Nesta entrevista à NINJA, que ocorreu no ano passado antes de sua demissão, Adelzon relembra aspectos históricos e políticos do samba nacional, como a sua luta pelos direitos autorais dos músicos.
Todos no samba o respeitam, desde os mais novos aos mais velhos. Seu trabalho fez história ao lançar e produzir personalidades como João Nogueira, Roberto Ribeiro, Dona Ivone Lara, Clara Nunes, Candeia, dentre tantos outros artistas imortalizados neste gênero musical. No dia 05 de setembro ele completou 80 anos, quase todos militando na rádio em defesa da música popular brasileira. Vindo do interior norte do Paraná ainda jovem, mergulhou na efervescência cultural carioca e nunca mais saiu.
O jornalista, radialista e produtor Adelzon Alves é um patrimônio da música nacional. Conhece todos os nomes, datas e contextos, nos mínimos detalhes. Vivenciou boa parte deste processo de perto numa época em que as rádios tinham muito mais apelo cultural e popular. Em 1966 foi lançado seu programa “Amigo da madrugada”, na Rádio Globo, onde iniciou um movimento de valorização do compositor do morro e recebeu em seu estúdio Cartola, Nelson Cavaquinho, Silas de Oliveira, Geraldo Babão, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, dentre tantos outros artistas consagrados.
Se dedicou muito ao samba, mas conhece todas as músicas regionais do Brasil. Gravou programas com Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, por exemplo. Até hoje continua dando voz aos antigos e novos artistas de todo país em seu programa, que atualmente é na Rádio Nacional, da EBC. Todo dia ele cria um repertório novo para divulgar, seja um chorinho, um carimbó ou qualquer outra sonoridade que represente com qualidade nossa identidade cultural. Lançou recentemente o CD de uma senhora sambista da Baixada Fluminense, Zilar Santos, e está sempre em busca de talentos.
Apesar de anos dedicados à música nacional, Adelzon teve seu programa retirado da programação da EBC nesta semana. Todos os sambistas estão fazendo campanha nas redes sociais em sua defesa, e haverá um ato em frente à empresa na próxima segunda-feira (10/02), às 11h. Segundo seus amigos, a alegação da empresa é de segurança pois muita gente estava entrando sem nenhum controle. O radialista, no entanto, sempre recebeu diversos sambistas no local e nunca houve nenhum furto ou confusão. Não tinha como ele passar uma relação diária, pois os artistas o visitavam diariamente de forma espontânea. Adelzon, diferente de outros profissionais da área, não cobrava nada pela participação dos músicos em seus programas.
Nesta entrevista à NINJA, que ocorreu no ano passado antes de sua demissão, Adelzon relembra aspectos históricos e políticos do samba nacional, como a sua luta pelos direitos autorais dos músicos. Segundo ele, até hoje os artistas não têm uma consciência política de classe em defesa da categoria e falta solidariedade dos mais renomados. Por outro lado, defende o especialista, há um movimento novo dando continuidade ao samba autêntico com muita qualidade musical.
Você tem mais de 50 anos de produção musical e rádio, qual a importância do samba na cultura nacional?
Como qualquer gênero, desde a música clássica, é a mesma: a qualidade. O bom compositor faz a boa música, porque todos têm música boa e ruim. Na clássica, por exemplo, grande parte do concerto é o maestro dando show de arranjos, mas beleza melódica mesmo às vezes não tem. É aquilo que o Paulo César Pinheiro e o João Nogueira disseram: para fazer um samba “não precisa estar nem feliz nem aflito/… é uma luz que chega de repente/…que acende a mente e o coração”. A inspiração de vez em quando nos visita, às vezes o cara faz uma obra prima. Vários compositores, como Chico Buarque, têm coisas no lugar comum cuja inspiração não veio. É o grande segredo da pintura, escultura, música, etc.
O Erich Fromm, maior psicanalista social do ocidente, convocou uma reunião numa universidade no México, com seguidores de Freud ou Jung, e botou na lista o japonês Daisetsu Teitaro Suzuki. Não constava que no oriente houvesse alguém a altura daquele grupo. Esse cara traduzia do sânscrito, do aramaico, do copta, etc, para o japonês moderno todos os livros antigos. É o primeiro que explica o fenômeno zen, que é isso que o Paulinho e o Nogueira falavam: é uma luz que chega de repente. Segundo Freud, o inconsciente é onde fica o despejo da mente, e quando você contraria uma regra da ética, da moral ou dos princípios aos quais foi criado, a tua mente joga para a lixeira. Ele disse não: nosso conhecimento, o inconsciente, é onde está a luz divina, só ela que cria obras primas. É como se houvesse uma parede entre o consciente e o inconsciente, mas tem horas que a luz passa. Não tem nada a ver com intelectualidade, tem pessoas analfabetas que tiveram iluminação.
Na Mangueira tinha quatro gênios: Cartola, Padeirinho, Geraldo Pereira e Nelson Cavaquinho. A Portela tinha o Candeia, que era o maior intelectual negro intuitivo. Temos intelectuais negros de universidade, mas ele era brabo, falava da perda cultural americana da África. O negro quando chegou na América teve que virar protestante ou católico, perdeu a mão de tambor. Não faz aquele barulho do surdo, que é o fundamento da cultura negra. A herança imaterial é este batuque, a material os instrumentos. Porque esses toques estão dentro dos cantos dos orixás, que se manifestam nos terreiros dançando. É a única religião que é praticada com ritmo, canto e dança dentro do templo e rezando. Na cultura negra não tem a mordida da maçã, que é a condenação de Eva e da mulher. Os orixás são homens e mulheres, como iansã e iemanjá, ou seja, o erótico e o sexo não são pecados. Por isso o corpo é solto, o povo negro tem esse segredo fundamental. Estes são os fundamentos que, segundo a antropologia da Nigéria, têm 250 mil anos. O Brasil preservou a cultura que veio da África, inclusive o iorubá arcaico falado nas periferias do país, foi aí que percebi a importância do trabalho que fazia com o grupo dos Cinco Tincoãs. Eles tinham um vocal muito bom e mostravam a beleza afro que não era reconhecida como tal, só era atribuída por causa da percussão e da dança no terreiro.
O Donga, que é autor do primeiro samba, dizia que a bateria da escola de samba é nossa orquestra sinfônica. O Brasil é o único país que recebeu os três tambores e fez trezentos, e ela tem todos os timbres: desde o surdão aos tamborins. A orquestra sinfônica do Teatro Municipal é a da Europa e já veio assim. Quando o Ismael Silva desfilou com a Deixa Falar era um grupo pequeno, mas os diretores de bateria foram acrescentando. Tinha o Hélio Macadame do Estácio, o Alcides Gregório do Império, Oscar Bigode da Portela, André da Mocidade, Hélio Ruído da Baixada de Caxias, Waldomiro da Mangueira, etc. Tem a turma atual, como o mestre Ciça, mas esses antigos que criaram essas coisas. Então, se uma cultura que tem 250 mil anos não desapareceu é porque tem algum mistério, não é uma coisa comum.
O samba chegou a ser um ícone da cultura nacional, mas depois do auge das rádios e tv’s isso foi se perdendo com o tempo um pouco…
Porque aí veio a comercialização, que estraga o relacionamento cultural. Eles não têm compromisso com o fundamento cultural, que é a raiz que segura a árvore. Tem coisa que morre, como o ieieiê e a bossa nova. O Edson Machado, já morto, tocando na noite foi quem deu solução rítmica à bossa nova. Mas essa queda ocorre por causa dos modismos, como o sertanejo universitário, que é uma entidade cultural. O importante é o sertanejo de Tonico e Tinoco lá atrás, o Renato Teixeira mais recente, que tem uma melodia e uma visão poética diferente.
O samba se fundamenta nos grandes autores, que quando têm a inspiração fazem uma obra prima e perpetuam o samba. Se não fica em lugar comum, aí os críticos que têm a mesma percepção percebem. O samba não parou, nós temos o Juninho Thybau, Renato Milagres, Pedro Miranda, etc. Na baixada temos o Sergio Fonseca, que é atual, aposentado professor de literatura, com muito samba letra dele. Marquinho Diniz, filho do Monarco, o Mauro Diniz, o próprio Arlindo Cruz que teve aquele problema, mas parece um vulcão de composição.
Mas aí já é um cara mais velho tipo Jorge Aragão e outros.
Exatamente. Porque a ordem é Ismael, Donga, Sinhô, Heitor dos Prazeres, a santíssima trindade com o Pixinguinha e João da Baiana. Aí vem Cartola, Carlos Cachaça, Padeirinho, Geraldo Pereira e o Noel. Na Portela tinha o Candeia, Walter Rosa, Manaceia, etc. Depois vem Paulinho da Viola, João Nogueira, que eu produzia, o Toco da Mocidade, que fez dezoito sambas-enredos. É o único compositor de escola de samba que era cantor, a mídia não sabe nada disso. No auge do Cauby Peixoto, o Toco era chamado para fazer os shows dele. No grupo intermediário vem Jorge Aragão, Nei Lopes, Wilson Moreira, que morreu tem pouco tempo, depois vem a geração atual: João Martins, Inácio Rios e o Renato da Rocinha, que é bom compositor e cantor. O problema do sambista é que às vezes ele compõe bem, mas cantando é voz comum. Igual mulher, tem um monte cantando bem, mas a Alcione você sabia logo quem era, Clara Nunes, Elza Soares, Beth Carvalho, etc.
A Teresa Cristina, que é da geração intermediária, dá pra identificar a voz e muitas novas também.
Mas a maioria se não marcar pela música você não sabe quem é. Todos esses jovens estão ainda em processo de amadurecimento, mas pelo que têm demonstrado dá impressão que vão fazer uma carreira promissora e manter o movimento ativo e vivo. Não sei se algo como Nei Lopes, João Nogueira, Paulinho da Viola, etc. Esse samba autêntico você vai ao subúrbio do Rio fim de semana e tem mais de cinquenta rodas… Outro cara que esqueci de citar é o Zeca Pagodinho, bom autor, assim como Almir Guineto, que é irmão do Louro da diretoria de bateria do Salgueiro. Tem um cara muito bom também de Belford Roxo chamado Paulinho Brito, mas está com alzheimer. Tinha o Wagner Nascimento em Bangu, que morreu recentemente, além do Gabrielzinho do Irajá, o Wanderley Monteiro, do morro da Babilônia, o Leo Russo e o Elvis Marlon.
Como você enxerga a questão da arte e política, até que ponto o samba tem alguma contribuição a dar?
O Noca da Portela era um cara com consciência política. Tinha o Chico Santana, já falecido, da velha guarda, o Paulo Benjamin, fundador da Portela, era amigo pessoal do Prestes e atuava no meio. São alguns mais destacados, mas a maioria tem uma visão crítica do social pela via das letras. Mano Elóy foi o primeiro líder sindical na estiva e depois foi do Império Serrano. O Martinho quando começou veio com O pequeno burguês, que estourou inclusive comigo no Madrugada na Globo. Então tem muitas letras de samba e samba enredo mais em função do que o tema pede, como o clássico da Mangueira: livre da chibata da senzala, mas preso à miséria da favela. Tocam no social, mas não por causa de uma ideologia firmada e consciente do ponto de vista político partidário. Ele vive aquela realidade e a descreve numa bela letra, poesia e às vezes numa bela melodia.
Ary Barroso quando faz Aquarela do Brasil era uma visão de defesa do país numa época em que ninguém faria uma exaltação. Outro era o Silas de Oliveira, do Império Serrano, que fez Heróis da Liberdade e sambas enredo com viés político. Mas nenhum era uma coisa ideológica como fundamento de uma posição política.
Mas o Candeia chegou a fazer um movimento em defesa dos músicos e da negritude, não?
Lancei e produzi alguns discos dele, tinha uma super consciência política cultural sem ter profundidade ideológica. Era policial brabo da turma do pai do Arlindo Cruz, dizem que quando chegava com camburão na Central a bandidagem sumia no Morro da Providência. Era o mais importante líder cultural negro intuitivo. Não é um Nelson Rufino, mais acadêmico. De maneira geral são todos geniais, na Imperatriz tem o Toninho Professor e o irmão, que são mais ligados ao PCB, assim como o Zé Katimba, são super talentos e compositores.
Falta no meio uma ideologia de agregação, são roubados nos direitos autorais terrivelmente e não se unem. O senador Randolfe Rodrigues liderou uma CPI e indiciou dezesseis do ECAD e 99% não sabe nada sobre isso. Não têm a menor consciência, nem se preocupam em saber. Se eles têm um sindicato ou uma associação pegavam o processo, levavam à PF e botavam os caras na cadeia, pois roubam eles adoidado. Não vejo essa nova geração engajada, não tem uma ideologia que segure o navio preso no porto para ter uma base de pensamento político mais lúcido. A maioria tem talento, escreve e nos sambas antigos tem várias denúncias sobre políticos e do social. Então a contribuição do sambista enquanto crítica social é muito grande, mas na hora de votar por exemplo para a maioria é a mesma coisa. Muitas vezes seguem o líder da escola, que é alienado também.
É uma pena, já tentei uni-los algumas vezes, fiz uma campanha sobre direito autoral na Globo. Porque o Nelson Cavaquinho chegava lá e reclamava, Katimba, Cartola, aí comecei a perceber que a visão deles não tinha profundidade e resolvi ajudá-los a reclamar no ar. Forneci informações, fizemos isso durante uns 10 anos. Os comandantes do direito autoral da época se comportavam como se a gente fosse um bando de moleques falando de coisas que não sabiam ou comprometiam gente séria. Até que um compositor chamado Vitor Simon, autor de uma música que entrou num filme espanhol, Marcelino pão e vinho, estourou no mundo. Ele ia lá na União Brasileira dos Compositores (UBC), a sociedade da época, reclamar e o empurravam com a barriga. Humberto Teixeira, parceiro do Gonzaga, se elege deputado federal e consegue uma verba do governo para levar a música brasileira pro mundo. Colocaram o Vitor na caravana para não reclamar, só que ele inteligentemente acordava mais cedo e procurava a sociedade de direito autoral do país que lhe entregava um recibo do dinheiro dele enviado para cá. Certo dia ele chegou com 250 papeletas, no mínimo uns 300 mil na época, e a gente botava os caras no ar. Um advogado o alertou que se levasse aquilo à delegacia botava todos em cana na hora. Era a prova do seu dinheiro, ele com 75 anos, de Macaé, só querendo morrer numa casa própria.
Falta no meio (o samba) uma ideologia de agregação, são roubados nos direitos autorais terrivelmente e não se unem.
O Luiz Antônio, que era coronel desse esquema de direito autoral, me ligou pela primeira vez depois de muitos anos, e lhe avisei que estava conversando comigo no ar: botamos o advogado para falar e tudo. Foi preciso o Vitor Simon ter tido essa inteligência e agir sozinho… Outro foi o Ary Barroso, que começou a viajar como locutor esportivo, e teve ideia do sucesso do Aquarela do Brasil fora do país e viu quanto estava sendo roubado. Começou a botar a boca no trombone, mas cometeu o principal erro: os caras da cúpula que o enganavam o convenceram a fundar uma sociedade. Ele tinha que ter exigido a moralização da UBC, aí o Brasil teria até hoje só uma associação de direito autoral como qualquer outro país. Chegou a ter umas vinte, cada um que estourava fundava a sua com apoio dos caras para nunca mexer no esquema deles. Então a maioria reclama, mas de forma superficial. Quem tem consciência e mídia é o Chico Buarque, Caetano, Gil, mas a eles pagam direito para não reclamarem. Eles não são solidários aos pequenos, fazem toda uma encenação, mas na verdade vão lá e pegam o seu. Não fazem uma campanha nem que seja por uma liderança individual, procurar rádio, jornal, internet, denunciar. A eles a imprensa dá espaço, já o pequeno ela nem olha.
Como é o tratamento da mídia em relação à música brasileira mais de raiz?
Quando o cara estoura, uma música aparece, a imprensa abre. E hoje estoura muita porcaria, como o Ai se eu te pego, que atravessou o mundo. Hoje ele é estrela da TV Globo, como se fosse uma figura importante da música sertaneja. Em relação à produção do samba, as gravadoras morreram, acabaram por causa da internet e pirataria, então hoje o artista tem que bancar o seu próprio disco. O Roberto Carlos e o Zeca Pagodinho pagam, por exemplo, mas antes a gravadora pagava tudo: músico, estúdio, produzia e lançava o disco, fazia a divulgação. Dominava o mercado, porque o sonho do artista era fazer o disco dele. Como te falei, a grande maioria não tinha consciência político ideológica. Eram talentos, quando chegava o disco 6h da manhã o divulgador batia na porta, pegava, tomava café na primeira padaria e rodava tudo quanto era rádio que o artista nem sabia que existia. Meu horário era até 4h da manhã na Globo, às vezes 3h45 o divulgador chegava no meu estúdio com o artista para tocar.
Após um mês desse trabalho um segundo pegava e levava em jornais e revistas, depois vinha um terceiro que botava para aparecer num Fantástico, no Flavio Cavalcante, Chacrinha, e se achasse que o disco tinha estouro nacional botava num avião e levava pra Porto Alegre. Chegava lá tinha um divulgador na porta do aeroporto, levava para Manaus, e um vendedor botava o disco na pasta e ia de loja em loja oferecer o produto. A gravadora explorava, mas era um trabalho sério, e não existe mais isso. Hoje o artista paga seu próprio disco, a maioria bobo não sabe que era assim e não vai a lugar nenhum. Não adianta botar na gaveta e ficar esperando o disco tocar.
Não sou um radialista comercial, então recebo um disco e toco as músicas que acho principais independente do artista vir aqui ou não. A minha missão é outra, se ele vier é melhor, até recomendo, porque o público quer ouvi-lo falando. Quando uma música agrada, o público começa a gostar de um artista, começa a ficar íntimo dele mas não quer ser de um cara que não sabe quem é. Essa análise é feita nos microfones quando ele conversa, dá entrevistas, ele percebe se é arrogante, prepotente, humilde. O público tem essa percepção. Agora mesmo produzi um disco de uma cantora da Baixada Fluminense, a Zilar Santos, já tinha produzido um da baixada de Caxias e estou produzindo um show inédito de um compositor da Ilha de Guaratiba que estamos tentando patrocínio. E faço o meu trabalho de rádio divulgando. Tem muito talento novo aí, porque a bossa nova parou naquela geração, assim como o ieieiê, mas o samba autêntico que é minha área não parou. Tem compositor de 20 anos fazendo samba da melhor qualidade, porque você não vê na TV Globo e na chamada mídia, lá só tem o lixo cultural. No subúrbio você vê muita roda de samba autêntica espalhada no fim de semana. Assim como a música nordestina, morreu o Gonzaga e Humberto Teixeira, Zé Dantas, Zé Marcolino e Rosil Cavalcanti, mas hoje tem o Petrúcio Amorim lá em Pernambuco que é uma cacetada. O Maciel Melo, Alceu Valença, que é mais conhecido, Geraldo Azevedo, que não param de fazer shows.