Com menos de 30 minutos de convocação, a Avenida Paulista, ontem (17), ficou lotada de pessoas exigindo a saída imediata de Temer. A revelação dos diálogos entre o presidente da JBS e o presidente da República, como mais uma etapa da Operação Lava-Jato, nocauteou o governo. Está provado que Temer trabalhou para comprar, com propina, o silêncio do gangster Eduardo Cunha.

A crise política no Brasil chegou a um nível extraordinário, deixando por um fio um governo federal ilegítimo e corrupto e ferindo de morte Aécio Neves, até ontem presidente do PSDB, agora afastado de seu cargo de Senador e na iminência de ser preso — caminho já seguido por sua irmã, Andreia.

O grito “Fora Temer” está ecoando nas ruas das principais cidades do país. Para hoje (18), estão marcados atos em todas as capitais, como expressão do descontentamento contra o governo.

Esse é o caminho a seguir. É hora de tomar as ruas. No caldo da Greve Geral vitoriosa de 28 de abril e na ante-sala da marcha dos 100 mil, marcada dia 24 em Brasília, precisamos seguir mobilizados para derrubar Temer e lutar por novas eleições gerais. Necessitamos defender a continuidade da Lava-Jato, com a prisão de todos os corruptos e corruptores. A mobilização popular e a extensão das investigações são fundamentais para evitar a aprovação no Congresso de medidas reacionárias e antipovo como a Reforma Trabalhista e da Previdência.

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A burguesia vai tentar estancar a crise com uma saída antidemocrática, provavelmente com eleições indiretas. Mas o povo não pode aceitar que seu destino seja colocado nas mãos deste Congresso corrupto.

Defendemos a necessidade de unificar todas as forças políticas e sociais em defesa da convocação imediata de novas eleições direitas para presidente e em todos níveis. A soberania é do povo e ao povo deve retornar em momentos de crise.

Sabemos também que as instituições da República estão apodrecidas. Por isso, além de eleições diretas será necessária uma Assembleia Popular Constituinte, convocada com regras amplamente democráticas, para liquidar as reformas reacionárias, enterrar este regime político moribundo e reorganizar o país com novas bases.

Não sairemos das ruas até o Temer cair!

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