A Acrópole de Atenas, um dos monumentos históricos mais visitados da Grécia, foi fechada temporariamente devido a uma onda de calor extremo que fez com que as temperaturas ultrapassassem os 40 graus Celsius. As autoridades decidiram fechar o local entre o meio-dia e as 17h para proteger os turistas das altas temperaturas, que poderiam chegar até 44 graus em algumas áreas do país. Essa medida foi tomada após o colapso de uma turista devido ao calor intenso, necessitando de atendimento médico.

A Grécia, assim como outras partes da Europa, está enfrentando uma onda de calor severa. Na Itália, por exemplo, são esperadas temperaturas de até 47 graus em algumas regiões nos próximos dias, e outros países como Espanha, França, Alemanha e Polônia também estão lidando com condições climáticas extremas. Incêndios florestais têm sido um problema adicional, exacerbado pelos ventos fortes e pelas altas temperaturas.

Esses eventos ressaltam os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de medidas preventivas para proteger tanto as pessoas quanto os patrimônios culturais.

Calor extremo

Nos últimos meses, a Europa tem enfrentado um aumento significativo nas temperaturas, resultando em diversas ondas de calor extremo que estabeleceram novos recordes climáticos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (WMO) e o Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia, a Europa está aquecendo duas vezes mais rápido que a média global desde os anos 1980. Em 2022, vários países europeus registraram seu ano mais quente, com o verão sendo o mais quente já registrado no continente. As temperaturas médias anuais foram 2,3°C acima dos níveis pré-industriais, destacando a gravidade do aquecimento na região​.

Essas condições extremas têm levado a medidas drásticas, como o fechamento temporário da Acrópole de Atenas para proteger os visitantes das temperaturas que ultrapassam os 40°C. Incêndios florestais e secas severas também são consequências diretas das altas temperaturas, causando devastação em várias áreas. Em 2022, os Alpes registraram uma perda recorde de massa de gelo devido ao calor extremo e à falta de neve no inverno​.

Março de 2024 foi o décimo mês consecutivo de temperaturas recordes, com as temperaturas médias globais sendo 1,58°C acima dos níveis pré-industriais. As temperaturas da superfície do mar no Atlântico Norte também atingiram níveis recordes, exacerbando as condições climáticas extremas na Europa​.

Meteorologistas preveem que o verão de 2024 continuará a tendência de temperaturas acima da média, com os meses de junho, julho e agosto sendo possivelmente os mais quentes já registrados.