Olimpíada em Paris vira vitrine para grifes de moda ao apresentar uniformes das delegações
Grifes como Berlutti e Ralph Lauren marcam presença nos Jogos Olímpicos ao assinarem modelos.
Por Ingrid da Cruz
O start foi dado nos jogos olímpicos essa semana, onde o holofote estará no desempenho dos atletas e pela chance de pódio. Porém, não é só na disputa por medalhas que os jogos estão chamando atenção. Os uniformes de delegação e os utilizados na cerimônia de abertura ganharam repercussão, por alguns serem assinados por marcas conhecidas no mundo da moda.
Como anfitriã dos jogos, a França prezou por preservar o luxo presente em muitos eventos do país, por esse motivo listou a LVMH (holding francesa de artigos de luxo) como patrocinadora oficial dos jogos, abrindo assim caminho para que outras marcas de moda e artigos de luxo estivessem presentes nas Olimpíadas de Paris. Os trajes cerimoniais, kit pódio e toda roupagem utilizada pelos atletas foram pensadas para conforto dos atletas, mas preservando imagem e sofisticação das grifes.
A moda e o esporte em Paris.
No mundo da moda, Paris é uma das capitais mais influentes do mundo onde toda grife de roupas se sente consolidada ao desfilar. Dentro desse universo, marcas como Berluti usaram o contexto histórico de edições de Barcelona a Tóquio para confeccionar os trajes cerimoniais da França. As peças confeccionadas utilizam o azul da bandeira, com detalhes em vinho combinando elegância e conforto.
Em entrevista concedida ao Comitê Olímpico Internacional, a diretora de industrialização da Berluti Agnès Fillioux explicou detalhes de como foi feita a confecção, desde produção a design das peças.
Ainda na linha de cores da bandeira, outra grife que conservou o patriotismo cromático foi a Ralph Lauren, ao assinar os uniformes dos Estados Unidos. Como velha conhecida da delegação estadunidense em jogos olímpicos, a grife assinou todos os trajes utilizados pelos atletas e suas delegações para as cerimônias de abertura e encerramento
O respeito a história e tradição
A tradição e culturas dos países foram representados em diversos designers como a Grã-Bretanha. A marca Ben Sherman, grife tradicional de roupas masculinas, buscou em seu design mostrar a composição da Grã-Bretanha, formada por quatro nações.
Tradição e sensibilidade podem ser vistos pelas cores e modelos dos trajes da Índia para os jogos. O designer indiano Tarun Tahiliani apontou as cores fortes dos trajes do país, e o caimento dos trajes junto com sua marca Tasva nos trajes de encerramento da equipe olímpica.
As cores brasileiras
Para os Jogos de Paris, os trajes cerimoniais de abertura e encerramento do Brasil foram assinados pela Riachuelo. O conceito, amplamente criticado nas redes sociais desde sua apresentação, era desenvolver composições que pudessem ser comercializadas e usadas pelo público, permitindo que as pessoas se sentissem parte dos jogos. Um detalhe importante das peças está nas costas da jaqueta jeans usada pela equipe olímpica: um bordado feito à mão por bordadeiras do Rio Grande do Norte, mostrando uma onça-pintada, um dos animais símbolos do país.
As peças foram produzidas nas cores verde, amarelo e branca, estando na saia, calça e camiseta que fazem parte dos looks produzidos.
Muito é esperado dos atletas nos Jogos Olímpicos de Paris, mas no quesito elegância, eles já estão com a medalha de ouro.