Ocupação de Israel em terras palestinas é ilegal e deve terminar urgentemente, decide Haia
A Corte de Haia exige que o governo israelense interrompa imediatamente a expansão dos assentamentos na Cisjordânia e retire os colonos das terras anexadas
A Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, anunciou nesta sexta-feira (19) uma decisão histórica que determina que a ocupação de Israel sobre os territórios palestinos viola o direito internacional e deve terminar o mais rápido possível.
A decisão da CIJ ressalta que “o Estado de Israel tem a obrigação de pôr fim à sua presença ilegal nos territórios palestinos ocupados o mais rápido possível, de cessar imediatamente todas as novas atividades de assentamento, de evacuar todos os colonos e de compensar pelos danos causados”. Essa resolução surge em meio a crescentes tensões e debates internacionais sobre a questão da ocupação e dos assentamentos israelenses na região.
A Corte de Haia exige que o governo israelense interrompa imediatamente a expansão dos assentamentos na Cisjordânia e retire os colonos das terras anexadas. Além disso, a decisão inclui a revogação de leis que criam discriminação ou que alteram a demografia dos territórios palestinos, medidas que a CIJ considera violarem os direitos humanos e o direito internacional.
Essa decisão representa uma significativa vitória para os palestinos, que há décadas denunciam a ocupação e a expansão de assentamentos como obstáculos à paz e à formação de um estado palestino independente. Por outro lado, Israel sempre defendeu suas ações como medidas de segurança e históricas.
A comunidade internacional está observando atentamente como Israel responderá a essa determinação. Muitos países e organizações de direitos humanos já manifestaram seu apoio à decisão da CIJ, vendo-a como um passo crucial em direção à justiça e à paz duradoura na região.