Paloma Dottori, da Cobertura Colaborativa NINJA na COP26

Com a chegada do final da conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, os alarmes de uma verdadeira catástrofe climática estão soando mais altos do que nunca. Enquanto o mundo aguarda o resultado final das negociações climáticas em Glasgow, um primeiro rascunho da declaração da COP26 – realizado ao longo de quase duas semanas, foi divulgado.

Apesar de reconhecer o papel dos combustíveis fósseis nas mudanças climáticas para limitar o aquecimento global a 1,5° C, o conteúdo do rascunho foi criticado por apresentar uma carta aberta a diferentes interpretações. Ou seja, mesmo pedindo que os países acelerem a eliminação de energia à carvão e “subsídios ineficientes para fósseis fósseis”, a carta pode amenizar as responsabilidade dos países e empresas.

Um dos pontos mais críticos na cúpula do clima é o tema em relação ao compromisso de US $100 bilhões por ano que os países desenvolvidos haviam prometido pagar a países em desenvolvimento entre 2020 e 2025, visto que os líderes dos países ricos acordaram sobre contribuir mais para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Os US$ 100 bilhões ilustram um debate sobre a “justiça climática”, que coincide com problemas como a desigualdade e falta de investimentos.

Além desses pontos, outro ponto frustrante para a maioria dos espectadores da COP26 foi o fato de não ter sido mencionada a revisão dos compromissos nacionais dos países (NDCs). O resultado final é um verdadeiro blá blá blá e nada de fato para uma ação global ambiciosa.

Em nota na tarde de ontem (12), o presidente da COP26, Alok Sharma, se comprometeu a apresentar uma nova minuta do acordo neste sábado (13). Na programação está marcada uma sessão de feedback, com a abertura para que haja também uma sessão na tarde deste sábado com a possibilidade da apresentação de uma nova versão do acordo.

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